Empresa mais valiosa do mundo, a Apple rompeu ontem com uma tradição que durava mais de uma década: anunciar um novo modelo de iPhone na primeira quinzena de setembro. Em evento transmitido pela internet por conta da pandemia, a empresa comandada por Tim Cook não trouxe novidades sobre seu novo celular. No lugar disso, renovou sua linha de produtos com modelos do tablet iPad e do relógio inteligente Apple Watch, além de reforçar sua aposta no setor de serviços.
Com preços a partir de R$ 5,3 mil no Brasil, mas sem data para chegar às lojas daqui, o Apple Watch Series 6 trouxe as novidades mais interessantes do dia em termos de tecnologia: a partir de agora, o relógio da Apple poderá também medir o nível de oxigênio no sangue dos usuários – modelos anteriores já tinham funções relacionadas à saúde, como executar um exame de eletrocardiograma.
O modelo terá ainda uma nova opção de pulseira, sem presilha: inteiramente feita de silicone, a Solo Loop será elástica e terá diferentes tamanhos para os pulsos dos consumidores. Além disso, a Apple lançou o Apple Watch SE, versão "mais acessível" do relógio e que chega ao País a partir de R$ 3,8 mil.
Quanto aos tablets, a principal novidade ficou por conta da chegada do chip A14 Bionic, presente na nova edição do iPad Air. Capaz de executar até 11 trilhões de operações por segundo, o processador deve também ser o cérebro do iPhone 12, cujo anúncio é esperado para outubro, segundo analistas. A expectativa é de que sejam anunciados quatro novos modelos – alguns deles, com a tecnologia de conectividade 5G.
<b>Assinaturas</b>
Visto como o futuro da Apple, o setor de serviços teve dois lançamentos. Sem data prevista para chegar ao Brasil, o Apple Fitness+ é um "serviço de streaming de atividade física", com treinos de 10 modalidades e integração com o Apple Watch. Custará US$ 10 por mês. Já o Apple One é um "pacotão" de assinaturas – o plano mais barato, no Brasil, reunirá serviços de música, jogos, filmes e séries e armazenamento na nuvem por R$ 26,50 ao mês. Estreia em outubro.
<b>Preços</b>
Após o anúncio dos novos modelos de Apple Watch e iPad, a Apple subiu o preço de versões antigas dos aparelhos no Brasil. Vendido no País desde 2017, o Apple Watch 3 ficou R$ 700 mais caro na versão de 44mm de diâmetro, por exemplo. Em alguns casos, o reajuste passou de R$ 3 mil – como no modelo mais caro do iPad Pro de 12,9 polegadas, que saltou de R$ 16,8 mil para R$ 20 mil.
Segundo a empresa, a alta nos preços se deve principalmente à desvalorização do real frente ao dólar. Nos EUA, os preços do modelos antigos continuaram os mesmos após o evento. O movimento é contrário ao que aconteceu nos últimos anos no País, quando preços de aparelhos costumavam cair com o lançamento dos novos modelos.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>