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Aprov/Guaru vive contrastes no Sub-14 e Sub-17 feminino no estadual de voleibol

Aprov/Guaru viveu contrastes no Estadual 2025: derrota do Sub-14 para Taubaté e vitória emocionante do Sub-17 contra Mauá. Bastidores revelam luta de pais para manter a base do vôlei guarulhense ativa.

O voleibol guarulhense segue firme na disputa do Estadual 2025, e o dia 3 de setembro trouxe emoções diferentes para as equipes do Aprov/Guaru. Enquanto o Sub-14 feminino acabou superado pelo forte elenco de Taubaté, o Sub-17 feminino mostrou poder de reação e conquistou uma vitória fora de casa contra o Aweto/Mauá.

Sub-14: experiência de Taubaté fala mais alto

No jogo disputado em Guarulhos às 18h, o Aprov/Guarulhos Sub-14 feminino enfrentou o tradicional time de Taubaté. Apesar do esforço coletivo e da boa entrega das jovens atletas, o time visitante se impôs e venceu por 3 sets a 0, demonstrando maior consistência em quadra.

A equipe guarulhense mostrou bons momentos, principalmente no segundo set, quando conseguiu equilibrar o placar em vários pontos. No entanto, os erros de recepção e a força ofensiva das adversárias acabaram pesando no resultado.

Mesmo com a derrota, o jogo serviu como aprendizado importante para a base, que segue em evolução no campeonato. O elenco já projeta os próximos compromissos com foco em corrigir detalhes e buscar a recuperação.

 

Sub-17: virada emocionante fora de casa

Pouco depois, às 19h30, foi a vez do Sub-17 feminino entrar em quadra contra o Aweto/Mauá. Diferente do Sub-14, as meninas do Aprov/Guarulhos conseguiram superar os momentos de dificuldade e mostraram muita garra ao vencer por 3 sets a 2, em uma partida eletrizante.

O confronto foi equilibrado do início ao fim. O time da casa abriu vantagem em alguns momentos, mas as guarulhenses mostraram resiliência, buscaram a virada e garantiram um resultado importante fora de casa. Essa vitória reforça a confiança da equipe, que tem demonstrado evolução técnica e emocional ao longo da competição.

 

Bastidores: pais mantêm viva a base do vôlei guarulhense

Apesar dos resultados dentro de quadra, o cenário fora dela ainda preocupa. Os times de base da Prefeitura de Guarulhos, que treinam e competem com apoio da Aprov (Associação de Pais Pró-Vôlei de Guarulhos), seguem enfrentando dificuldades de estrutura.

Sem um ginásio fixo, muitos treinos acontecem em quadras adaptadas para futsal, como a da Quadra Pires, que custa R$ 3 mil por mês. Esse valor é custeado pelos próprios pais, com cada família contribuindo cerca de R$ 65, mas nem todos conseguem pagar regularmente, gerando um esforço coletivo para manter cerca de 200 atletas no esporte.

Até 2019, a tradicional Ponte Grande, considerada a casa do vôlei da cidade, recebia os treinos da base. Mas com a chegada do time profissional Vedacit Guarulhos, o espaço passou a ser utilizado prioritariamente pelos adultos. Hoje, apenas alguns jogos do feminino no Estadual acontecem por lá.

A prefeitura reconhece as dificuldades e afirma que há previsão de utilização do Thomeuzão e mais horários na Ponte Grande e no João do Pulo. Além disso, informa que repassa anualmente R$ 75 mil via Chamamento Público, valor que pode ser usado para transporte, alimentação, material esportivo e taxas.

 

Próximos passos

Com esses resultados, o Aprov/Guaru soma uma experiência amarga no Sub-14, mas também celebra a força de superação do Sub-17. Dentro de quadra, as meninas mostraram que o talento resiste mesmo diante das dificuldades estruturais. Fora dela, o trabalho dos pais e da associação é o que mantém viva a chama do vôlei guarulhense.