Estadão

Após acordo, governo vai reajustar em 52% auxílio-alimentação de servidores federais

O governo federal fechou nesta quinta-feira um acordo com entidades representativas dos servidores públicos federais para reajustar em 52% o auxílio-alimentação a partir de maio de 2024, com pagamento em 1º de junho. Com a medida, o benefício passará de R$ 658 para R$ 1 mil.

As negociações foram conduzidas pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI). De acordo com a nota divulgada à imprensa, já no ano passado, os servidores tiveram um aumento salarial linear de 9% e uma elevação de 43,6% no auxílio-alimentação (que era R$ 458 e foi para R$ 658).

No acordo, também ficou decidido que haverá um aumento no auxílio-saúde, denominado de assistência à saúde complementar per capita média. O valor do benefício, hoje de R$ 144,38, passará para cerca de R$ 215. Também haverá um acréscimo no auxílio-creche, que é de R$ 321 e vai para R$ 484,90.

De acordo com o MGI, somente o aumento do auxílio-alimentação traz um ganho de renda acima de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos – aqueles que ganham até R$ 9 mil mensais. Já aos servidores com as menores remunerações e que recebem, simultaneamente, os três benefícios (alimentação, saúde e creche), o aumento na remuneração total chegará a 23%.

A pasta diz ainda que, além dos reajustes nos benefícios, o governo também se comprometeu a implantar até julho todas as mesas específicas de carreiras que ainda não foram abertas. Atualmente, são 18 mesas abertas, sendo que 10 já chegaram a acordos e oito estão em andamento.

O secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, disse que a proposta do governo aprovada hoje atua contra as disparidades existentes na remuneração no serviço público federal. "Apesar das restrições orçamentárias existentes, a ministra Esther Dweck fez um esforço bastante grande para conseguir um espaço financeiro que permitisse elaborar esta proposta", explicou.

O secretário reforçou ainda o compromisso com o diálogo permanente e com a valorização dos servidores. "Este governo, diferente do governo anterior, reabriu democraticamente espaços para diálogo com o serviço público federal, espaços que durante sete anos passados não existiram", afirmou.

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