Estadão

Após atraso, Queiroga agradece Janssen por vacinas

Após uma semana de atraso para a entrega de 1,5 milhão de doses de vacina contra covid-19 da Janssen e no momento em que municípios brasileiros paralisam campanhas de imunização por falta de insumo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, agradeceu à farmacêutica pela entrega do medicamento e destacou as tratativas para aquisição como um "acerto" do Ministério da Saúde na tentativa de ampliar o acesso à vacinação. Queiroga acompanhou, na manhã desta terça-feira, 22, a chegada do lote com doses da vacina, no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Queiroga destacou que as tratativas com a Johnson & Johnson, dona da Janssen, culminaram em uma relação de custo "muito favorável" para o sistema de saúde brasileiro. De acordo com o ministro, as negociações resultaram em uma redução de 25% do preço originalmente tratado com a farmacêutica. "Isso corresponde a uma economia de R$ 480 milhões, que é muito importante para ampliar o acesso dos brasileiros", declarou.

O ministro repetiu o compromisso de que a população brasileira acima de 18 anos deve ser imunizada com a primeira dose da vacina até setembro deste ano. O anúncio do ministro sobre a vacinação com a primeira dose em toda a população adulta até setembro acontece após promessas semelhantes terem sido feitas por diversos dirigentes, como os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) e do Maranhão, Flávio Dino (PSB), além do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD).

O presidente da Jansen no Brasil, Roy Benchimol, que acompanhou a entrega dos imunizantes ao lado do ministro, prestou solidariedade à população brasileira "impactada pela covid-19", e aos trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente. "Estamos muito emocionados e sabemos que isso vai ajudar muito a combater a pandemia no País", afirmou Benchimol.

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