No dia seguinte ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter pedido que ministros passassem a enaltecer mais os feitos do governo – e não apenas de suas pastas – e a adotar uma postura mais otimista em relação ao Brasil, todos os participantes de um evento em Brasília do primeiro escalão do governo seguiram à risca as orientações do chefe. Estiveram na primeira parte do seminário "Descarbonização: Rumo à Mobilidade de Baixo Carbono no Brasil", realizado pelo Esfera Brasil e MBCBrasil, o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.
Na abertura do evento, Mercadante ressaltou não apenas os feitos e metas da instituição que comanda, como mencionou várias vezes progressos do governo Lula 3 de forma mais ampla. Ao final, pediu para que a população desse destaque positivo ao País. "Tivemos melhora do ambiente macroeconômico e os brasileiros precisam parar de falar mal do Brasil", recomendou.
O ministro da Fazenda, por sua vez, usou mais o lado místico ao falar dos sonhos de avanço do atual governo. "A construção desse sonho é o que vai curar esse País do ponto de vista espiritual. Ainda estamos muito divididos. Isso não é bom para o Brasil. Faz 10 anos que estamos divididos, temos de unir em torno de um grande sonho", defendeu.
Já o vice-presidente disse que "a combinação de crescimento econômico e queda da inflação no ano passado levou ao maior aumento de renda da população desde o Plano Real", repetindo um discurso que alguns integrantes do governo Lula têm tentado encampar para levar adiante uma agenda positiva para o Palácio do Planalto.
O ministro Pimenta deu destaque à área ambiental, na linha do tema do evento, destacando a necessidade de o Brasil liderar o combate às mudanças climáticas, como ele mesmo disse, uma fala repetida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O Brasil vive um grande momento e tem condições de criar um futuro justo e sustentável. Temos um papel chave na construção de saídas", disse.