O uso de câmeras em uniformes das polícias tem avançado com rapidez nas polícias militares pelo Brasil. Três Estados – São Paulo, Santa Catarina e Rondônia – já adotam a estratégia de forma permanente e outros nove corporações realizam testes com os equipamentos, conforme mostrou levantamento do <i>Estadão</i>. Guardas municipais também já aderiram ao modelo.
As câmeras corporais filmam a atividade policial com objetivo de monitorar a legalidade da interação com os cidadãos, o que pode reduzir casos de violência, mas também ajudar na produção de provas a partir das ocorrências. Têm o potencial ainda de auxiliar os agentes, uma vez que a localização dos casos é acompanhada com mais precisão. Estudos preliminares têm mostrado queda de letalidade após o uso da tecnologia.
Em Curitiba, as seis primeiras <i>bodycams</i> (câmeras de corpo) foram entregues no final do ano passado para uma fase inicial de testes, já concluída. Agora, estão sendo distribuídos outros 515 dispositivos corporais e 160 câmeras veiculares. "São câmeras para serem colocadas nos coletes dos guardas municipais em busca de respeito absoluto aos direitos humanos nas ações de defesa social", afirmou o prefeito Rafael Greca (DEM).
A prefeitura de Porto Alegre já lançou edital para a compra de 160 câmeras de uso individual para monitorar as ações dos agentes da Guarda Municipal. O município está investindo cerca de R$ 500 mil no projeto, que inclui sistema externo para descarga das imagens. A corporação conta com 380 agentes. Os equipamentos serão usados por aqueles que mantêm contato direto com a população.
A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Campo Grande terá o dispositivo nos uniformes ainda neste semestre, segundo o secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja. Foram realizados estudos técnicos e financeiros e o serviço será objeto de licitação. "A medida ajudará a elucidar eventuais excessos praticados pelos agentes e irá auxiliar os próprios servidores a comprovarem suas ações em processo disciplinar", disse.