A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente do conselho de ministros da Itália, Mario Draghi, se encontraram nesta segunda-feira, 21. As conversas entre os dois líderes tiveram como foco em grande parte a covid-19. Em coletiva de imprensa, a alemã observou uma "melhora substancial" no quadro pandêmico, mas ponderou o otimismo, apontando para o risco das variantes do coronavírus, "assim como vimos na Grã-Bretanha".
"A cota de vacinados está crescendo, mas ainda não se pode dizer que estamos nos aproximando da imunidade coletiva também porque estamos expostos às novas variantes", resumiu Merkel. A chanceler citou ainda o aumento de casos em Portugal ocasionados pela mutação do vírus, que teve como um dos efeitos o aumento das restrições em Lisboa.
Draghi reforçou os relacionamentos entre os dois países, pautados no "europeísmo e no atlantismo", indicando uma posição conjunta expressada no G7 em temas como os desafios da China e da Rússia.
Sobre as verbas enviadas pelo plano de recuperação da União Europeia, Draghi afirmou que os fundos serão usadas para buscar reformas estruturais, e que tornem o país mais "competitivo, igualitário e sustentável". "Para haver uma Europa mais forte, é preciso uma Itália mais forte", sugeriu o ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE).
Outros assuntos abordados foram a imigração, na qual foi tratada uma maior "cooperação" por parte do italiano, e a crise política na Líbia.