A apuração dos resultados da eleição municipal em todo o País foi marcada por uma falha em um supercomputador do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que gerou um significativo atraso na divulgação dos dados, algo inédito desde a adoção da urna eletrônica, em 1996. O sistema que abriga as informações da Justiça Eleitoral também foi alvo de uma tentativa de um ataque hacker, mas o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, assegurou que a investida foi totalmente neutralizada.
A disputa pela Prefeitura de São Paulo será definida em um segundo turno entre o prefeito Bruno Covas (PSDB) e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos.
Em São Paulo, o resultado da votação no primeiro turno manteve a polarização entre um tucano e um candidato de esquerda. Mas também expôs a resiliência do PSDB e a fadiga do PT na capital. Até o início da madrugada de hoje, com 99,92% das urnas apuradas, o prefeito, que disputa a reeleição, obteve 32,86% dos votos válidos, ante 20,24% de Boulos. Mais uma vez, o deputado Celso Russomanno, candidato do Republicanos, largou como líder nas pesquisas de intenção de voto, mas perdeu força e estava na quarta posição, com 10,50% dos votos válidos. Russomanno, que foi apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, ficou atrás também do candidato do PSB, Márcio França, com 13,64%.
Os resultados e as projeções em todo o País indicavam que o presidente Jair Bolsonaro não conseguiu transferir votos para candidatos aliados. Dos 13 candidatos a prefeito apoiados por Bolsonaro, apenas dois foram eleitos e outros dois estão no segundo turno. No Rio, a disputa final será entre Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos). A maioria das capitais brasileiras terá disputa de segundo turno daqui a duas semanas. Segundo a apuração até a 1h de hoje, a eleição estava definida ou tinha tendência de decisão em primeiro turno apenas em Belo Horizonte, Campo Grande, Florianópolis, Salvador, Palmas, Natal e Curitiba. O prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), foi reeleito com 63,36% dos votos válidos.