Um dos terrenos mais pisoteados no universo das biografias, a história dos Beatles se tornou um desafio aos biógrafos. O livro de Philip Norman não cai em sensacionalismos e consegue até limpar a história de alguns exageros. Dentre pequenas e grandes curiosidades, aqui estão alguns destaques:
Reprovado
Aos 13 anos, Paul participou de um teste para fazer parte do coral da Catedral de Liverpool. Em meio a 90 meninos, ele cantou a canção Once in Royal Davids City. Uma nota aguda errada causou sua reprovação.
Acidente e bigode
Na primeira vez em que Paul deixou crescer o bigode, em 1966, foi para esconder um defeito físico. Durante uma viagem de Cheshire, onde visitava o pai, a Liverpool de bicicleta motorizada, ao lado do milionário Tara Browne, Paul perdeu o controle, caiu, batendo o rosto no chão. O impacto da queda fez um de seus dentes da frente atravessar o lábio superior. Quando chegou ao destino, machucado, um médico suturou o corte sem anestesia.
Processo contra Steve Jobs
Um menino prodígio da Califórnia, fã doentio dos Beatles, Steve Jobs resolveu batizar sua empresa de computadores de Apple em homenagem aos ídolos. Mesmo sem os Beatles em ação, a Apple dos ingleses ainda existia e tinha como administrador Neil Aspinall. A empresa dos Beatles entrou com processo contra Steve Jobs e um acordo foi firmado: a Apple de Jobs não deveria jamais usar música em seus computadores. O tempo mostrou que o acordo seria impossível, e a história ficou mesmo com duas Apple.
Prisão em Tóquio
Em 16 de janeiro de 1980, Paul é preso ao chegar a Tóquio, de Londres. Um inspetor mexeu em sua mala e tirou um saco plástico cheio de maconha. “Quando o sujeito tirou aquilo da mala, ele estava mais constrangido do que eu”, disse Paul, mais tarde. Foram cinco horas de interrogatório na polícia metropolitana de Tóquio. Eram ao todo 218 gramas de maconha, o suficiente para a acusação de tráfico. Diferentemente da Europa e Estados Unidos, não havia liberação mediante fiança. Ele ficava detido durante a investigação. Paul passou a noite toda sentado no chão com as costas na parede, apavorado pela ideia de ser estuprado. Na manhã seguinte à prisão, a música dos Wings havia desaparecido das emissoras de rádio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.