A Arábia Saudita enviou armas nesta sexta-feira para reforçar milícias no sul do Iêmen, que lutam para retomar o controle sobre a cidade portuária de Áden, invadida por rebeldes Houthis na semana passada.
As caixas, enviadas por meio de lançamentos aéreos, continham artilharia, rifles de precisão e coletes à prova de balas, entre outros equipamentos, de acordo com autoridade de segurança iemenitas e milícias que receberam os carregamentos.
A retomada de Áden seria um passo importante para reconduzir ao poder o presidente exilado do Iêmen, Abed Rabbo Mansour Hadi, mas os bombardeios conduzidos por Riad não conseguiram, até agora, impedir o avanço dos Houthis no território.
Os houthis são militantes experientes, tendo travado uma insurgência contra o governo nos últimos 10 anos, enquanto as milícias pró-Hadi apenas se formaram nos últimos anos.
“Estas armas serão usadas para expulsar os invasores Houthis de Áden. Estes lançamentos aéreos continuarão. E vamos continuar a lutar até derrotá-los”, disse Safwan Sultan, um membro de uma milícia leal a Hadi.
O general saudita Ahmed bin Hasan Asiri confirmou, em entrevista coletiva, que os lançamentos aéreos foram feitos nesta sexta-feira. Ele disse que os sauditas estão tentando isolar a cidade e cortar as linhas de abastecimento dos Houthis, o que deve levá-los a fugir do porto.
Áden tem emergido como o campo de batalha crucial no conflito do Iêmen, com os Houthis prometendo tomar a cidade e impedir que ela se torne uma plataforma para as forças regionais lideradas pela Arábia Saduita, que pretende reinstalar Hadi no poder.
Hadi fugiu de barco, em 25 de março, de Áden, depois de os rebeldes tomarem o porto local, o que levou a Arábia Saudita a montar uma coalizão militar regional de 10 países para intervir no Iêmen.
Os países árabes temem o avanço dos Houthis no Iêmen porque os rebeldes têm ligações com o Irã, inimigo histórico da Arábia Saudita. Fonte: Dow Jones Newswires.