Cidades

Área de shopping abandonado causa insegurança à população

O terreno da obra embargada serve de abrigo para usuários de drogas, prostituição e ocupações irregulares

Há tempos que o prédio abandonado onde funcionaria um shopping center, na Vila Fátima, prejudica a população da região. O terreno da obra embargada representa à vizinhança muita insegurança, ao servir de abrigo para usuários de drogas, prostituição e ocupações irregulares. Os pedestres também passam por transtorno na calçada do empreendimento, que está tomada por mato alto e lixo.

A síndica de um condomínio da região, Helena Sala Poltronieri, conta que já viu diversas práticas ilícitas no local. "Pessoas usam a área para fazer uso de drogas e até passam dias em grandes tubos, que servem de abrigo como se fosse uma barraca", diz. "Até sexo explícito, em plena luz do dia, já houve neste lugar". O contador Juscelino Ribeiro, 57, confirma que já observou outras movimentações suspeitas neste terreno.

Questionado sobre as queixas dos moradores, o capitão Douglas Shoichi, da 4ª Companhia do 15º Batalhão, disse que não há indicadores criminais no local, exceto a incidência de furto de veículos na rua dos Japoneses, que dá acesso ao terreno. No lado oposto do prédio abandonado, na avenida Otávio Braga de Mesquita, comerciantes mencionam a diminuição do policiamento local. "Nos últimos meses não tenho visto viaturas, como ocorria antes", disse o balconista Eronildes Diniz, 39.

O capitão Soichi alega que o policiamento tem sido feito em ambas as vias e, em decorrência das queixas, será intensificado, além de maior atenção nos pontos mencionados. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) informou que realiza rondas, no entanto não informou ter conhecimento das ocorrências mencionadas pela população.

Quanto ao mato e o lixo no local, a Proguaru informou que até o próximo dia 15 uma equipe de limpeza realizará o serviço no local. Outra preocupação para os moradores são as erosões no córrego que passa na parte de trás do prédio abandonado. A Secretaria de Obras afirma que um técnico irá ao local ainda hoje para averiguar a situação.

Obra embargada – A obra, parada há mais de 20 anos, ainda não tem data para ser retomada. Em 2009, o Grupo Sá Cavalcante chegou a anunciar que o projeto seria viabilizado, com investimentos de R$ 110 milhões, com inauguração prevista para o ano passado. No entanto, a 2ª Vara da Fazenda Pública, ainda em 2009, suspendeu o alvará que permitia que as obras fossem retomadas. A decisão veio por meio de uma liminar, que apontou danos ambientais ocasionados com a construção.

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