Faltando menos de três semanas para o início da Copa América, a decisão sobre se a Argentina sediará o torneio sozinha ou não permanece indefinida. A resposta a esse pedido da Conmebol ao governo argentino está condicionada à adoção de rígidos protocolos sanitários em meio a um aumento de casos de covid-19 no país.
"Precisamos saber se a Conmebol é capaz de cumprir os requisitos que estamos fazendo", disse o chefe da Casa Civil argentina, Santiago Cafiero, à Radio10 nesta quinta-feira.
As exigências do governo argentino foram entregues na quarta-feira durante reunião em Buenos Aires entre o presidente Alberto Fernández e o chefe da Conmebol, Alejandro Domínguez. Em nota após o encontro, a entidade esportiva afirmou que "o governo argentino apresentou à Conmebol um protocolo rígido para a Copa América que será realizada no país".
Entre as reivindicações do governo está a redução do número de integrantes das delegações. As 10 seleções participantes do torneio levariam entre 1 mil e 1,2 pessoas ao país. "Foram avaliados os aspectos organizacionais e logísticos – com a eventual autorização de novas sedes – e tudo o que diz respeito aos protocolos sanitários", acrescentou a Conmebol.
Representantes da Conmebol inspecionaram estádios nos últimos dias na Argentina em caso de acréscimo de sedes para os jogos originalmente programados para a Colômbia, incluindo a final de 10 de julho. A Colômbia foi excluída como organizadora do torneio junto com a Argentina, em meio a conflitos sociais, com dezenas de mortos.
Já a Argentina está passando por um momento crítico da pandemia com mais de 75 mil mortes por covid-19 e de 3,6 milhões de infecções em 45 milhões de habitantes. O governo aposta que o confinamento de 9 dias que começou no sábado passado e termina no próximo domingo permitirá que a curva de contágio seja interrompida.