O presidente da Argentina, Mauricio Macri, vetou nesta quinta-feira lei aprovada pela oposição no Senado que freava o aumento impopular de tarifas de gás, eletricidade e água, alegando que retroceder na medida criaria um problema fiscal. O chefe de gabinete do país, Marcos Peña, disse a repórteres que a lei aprovada na madrugada “já está vetada” porque “não respeita o mandato constitucional” por ter sido votada por um Parlamento que “não tem poder” para fixar tarifas.
O projeto de lei foi aprovado por 37 votos a 30. A maioria dos votos em apoio à iniciativa veio de senadores peronistas e apoiadores da senadora e ex-presidente Cristina Kirchner (2007-2015), uma das principais figuras da oposição a Macri.
Peña indicou que a regra teria criado um buraco fiscal para o Estado. “Equivale a todas as obras públicas no interior do país, a todo o sistema universitário da Argentina, ao dobro do abono universal por filho para proteger os setores mais vulneráveis, a todo o orçamento de segurança”, disse ele. O chefe de gabinete indicou que o país enfrenta o desafio de se adaptar a uma complexa situação mundial e que a Argentina deve fazer os “esforços necessários” para aproximar seu orçamento do equilíbrio. Fonte: Associated Press.