O presidente da Argentina, Javier Milei, qualificou o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, como "assassino terrorista . Em resposta, o governo colombiano ordenou na quarta-feira (27) a expulsão de diplomatas da embaixada argentina.
A relação bilateral tem ficado mais tensa desde que Milei chegou ao poder. Em várias ocasiões, ele fez críticas públicas a Petro, o primeiro governante de esquerda da Colômbia. Petro, por sua vez, qualificou a vitória de Milei como um momento "triste para a América Latina".
A Colômbia reagiu a uma entrevista concedida por Milei a Andrés Oppenheimer, na <i>CNN</i>, que será veiculada na íntegra no domingo. Em alguns trechos já divulgados, Milei afirma sobre Petro que "não se pode esperar muito de alguém que era um assassino terrorista".
A chancelaria colombiana destacou em comunicado que não é a primeira vez que Milei ofende Petro, o que "tem deteriorado a confiança da nossa nação, além de ofender a dignidade do presidente" eleito democraticamente.
Antes, Milei havia chamado Petro de "um comunista assassino que está afundando a Colômbia", em outra entrevista concedida em janeiro. Na ocasião, a Colômbia convocou para consultas seu embaixador na Argentina, Camilo Romero.
Minutos antes de que o governo de Petro anunciasse a expulsão dos diplomatas argentinos, Romero advertiu no X (ex-Twitter) que, embora no passado o presidente colombiano tenha decidido não dar importância às declarações de Milei, agora estavam "explorando todas as medidas". A chancelaria indicou que a expulsão dos diplomatas será comunicada a Buenos Aires pelos "canais institucionais". Fonte: Associated Press.