Os principais candidatos à Presidência da Argentina votaram neste domingo na eleição geral do País. Para vencer, um candidato precisa de pelo menos 45% dos votos ou pelo menos 40% e 10 pontos de vantagem sobre seu concorrente mais próximo. Daniel Scioli, governador peronista da província de Buenos Aires, é o sucessor escolhido pela atual presidente, Cristina Kirchner, a figura política mais influente da Argentina, cuja gestão tem cerca de 40% de aprovação. Scioli, um ex-piloto de barco que perdeu seu braço direito em uma competição em 1989, se apresenta como o único que continuará com as políticas de Kirchner, mas também como aquele que irá reparar o que não está funcionando.
“Sou grato a todos os que me ajudaram a chegar até aqui, sob todos os pontos de vista, emocionalmente, espiritualmente, que me deram suporte. Então, eu tenho muita fé que as pessoas votam com a razão e o coração”, disse Scioli, acompanhado por sua esposa Karina Rabolini, depois de votar em uma escola em um subúrbio ao norte da capital.
O principal candidato da oposição é o conservador Mauricio Macri, prefeito
de Buenos Aires, que se intitula como aquele que vai colocar a economia da Argentina em ordem. Ele prometeu que chegará a um acordo com os credores norte-americanos – a quem Kirchner chama de “abutres” -, suspenderá as impopulares restrições à compra de dólares e corrigirá a taxa de câmbio. “Hoje, a Argentina vota para seguir igual ou mudar a sua história”, disse Macri, da frente Cambiemos.
Scioli é o favorito, de acordo com várias pesquisas divulgadas na semana passada. Em uma das pesquisas, conduzidas por Ricardo Rouvier e Associados, 40% dos entrevistados disseram que votariam em Scioli, ante 29% em Macri. Outros 22% disseram que optariam por Sergio Massa, um ex-aliado de Cristina, que rompeu com a líder para criar seu próprio partido. Na pesquisa, foram entrevistadas 1.200 pessoas por telefone entre 2 e 15 de outubro, com uma margem de erro de três pontos percentuais.
A presidente Cristina Kirchner, ao depositar seu voto na província de Santa Cruz, destacou que o país está estável na comparação com o colapso financeiro de 2001. “Depois de três períodos consecutivos do (partido) Frente para a Vitória, hoje votamos em um país normal”, disse a presidente a repórteres. Fonte: Associated Press.