A taxa de pobreza na Argentina aumentou de 39,2% no segundo semestre de 2022 para 40,1% na primeira metade deste ano, informou o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) nesta quarta-feira. O montante leva em consideração 31 aglomerados urbanos e equivale a 11,8 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza.
A agência de estatísticas revelou ainda que 9,3% da população argentina estava em situação de miséria, o que representa 2,7 milhões de indivíduos. No total, quase 30% dos domicílios argentinos são considerados pobres e 9,3% estão na faixa da miséria.
Os números indicam as consequências da crise econômica que se abateu sobre o país sul-americano, que enfrentou uma seca histórica no começo do ano. Como resultado, a inflação atingiu taxa anual de inflação superior a 100% e o governo foi forçado a promover um choque de desvalorização do peso argentino.
A economia é o tema que domina a campanha para as eleições presidenciais marcadas para outubro. Em agosto, o candidato ultraliberal, Javier Milei, teve desempenho surpreendente nas primárias e ameaça impedir a manutenção do peronismo no governo, representado pelo ministro da Economia, Sergio Massa.