De janeiro a novembro de 2022, a arrecadação do setor de seguros cresceu 17,1% em relação a igual período de 2021, para R$ 322,3 bilhões, de acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg). Os números incluem prêmios de seguro, contribuições previdenciárias e o faturamento de títulos de capitalização.
Em novembro, a arrecadação foi de R$ 27,7 bilhões, volume 8,3% maior que o registrado em igual mês do ano anterior, ainda de acordo com a entidade.
Os pagamentos de indenização, por sua vez, somaram mais de R$ 200 bilhões nos onze primeiros meses do ano passado, um crescimento de 16,6% no comparativo anual. O seguro rural, com crescimento de 78,6%, puxou essa alta, seguido pelo de automóvel, com crescimento de 36,9%.
O presidente da CNSeg, Dyogo Oliveira, afirma que o rural tem se destacado nesse contexto. "Isso é confirmado pelo expressivo avanço da demanda do produto no ano e pelo grande aumento do montante que o setor pagou por perdas cobertas pelas diversas modalidades do seguro rural", diz ele, em nota.
No ano passado, o seguro rural ultrapassou os R$ 10 bilhões em indenizações entre janeiro e novembro, superando essa marca nesse intervalo pela primeira vez na história. A arrecadação foi de R$ 12,6 bilhões, alta de 40% em relação a 2021.
O seguro rural teve uma onda de acionamentos no começo de 2022 por causa da seca na Região Sul do País, que quebrou algumas safras agrícolas. No seguro automotivo, por sua vez, a vilã foi a inflação, que aumentou os valores das indenizações. Isso em um momento de maior ocorrência de acidentes, com o trânsito das cidades voltando à medida que a economia era reaberta.