A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 208,844 bilhões em junho de 2024, uma alta real (descontada a inflação) de 11,02% na comparação com o resultado de junho de 2023, quando o recolhimento de tributos somou R$ 180,475 bilhões, a preços correntes.
Em relação a maio, quando o montante foi de R$ 202,979 bilhões, a arrecadação subiu 2,67%, em termos reais. De acordo com a Receita, o resultado de junho, em termos reais, é o melhor para o mês na série histórica, iniciada em 1995. O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, já havia antecipado na segunda-feira, 22, os dados gerais sobre a arrecadação do último mês, durante a coletiva do 3º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas.
O resultado das receitas veio acima da mediana de R$ 205,550 bilhões das expectativas das instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. O dado ficou dentro do intervalo de estimativas, que ia de R$ 193,70 bilhões a R$ 218,20 bilhões.
Sobre a performance do mês, o Fisco destacou uma melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins em razão, entre outros aspectos, do retorno da tributação incidente sobre os combustíveis, havendo uma arrecadação atípica de aproximadamente R$ 2 bilhões em junho.
O crescimento da arrecadação da Contribuição Previdenciária e do IRRF-Trabalho em função do crescimento da massa salarial também foi ressaltado, assim como a alta de 10% da arrecadação do IRRF Capital em razão do desempenho dos títulos e fundos de renda fixa e pela arrecadação referente ao regime de transição dos fundos exclusivos.
No primeiro semestre de 2024, a arrecadação federal somou R$ 1,298 trilhão. Segundo a Receita, esse é o melhor resultado para o período na série histórica. O montante representa um aumento real de 9,08% na comparação com os seis primeiros meses de 2023.
Sobre o acumulado do ano, o órgão destacou também o desempenho do Imposto de Importação e do IPI vinculado à importação, em razão do aumento das alíquotas médias desses tributos, além do recolhimento de aproximadamente R$ 7,4 bilhões a título de atualização de bens e direitos no exterior.