A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 190,611 bilhões em março de 2024, uma alta real (descontada a inflação) de 7,22% na comparação com o resultado de março de 2023, quando o recolhimento de tributos somou R$ 171,056 bilhões, a preços correntes. Em relação a fevereiro, a arrecadação avançou 2,03%, em termos reais. De acordo com a Receita, esse é o melhor resultado para o mês de março, em termos reais, desde o início da série histórica, em 1995.
O resultado das receitas veio levemente abaixo da mediana das expectativas das instituições do mercado financeiro ouvidas pelo Projeções Broadcast, de R$ 191,1 bilhões. O intervalo das estimativas ia de R$ 187,226 bilhões a R$ 201,0 bilhões.
O Fisco destacou que o crescimento da arrecadação pode ser explicado, para além do comportamento das variáveis macroeconômicas, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e pela tributação dos fundos exclusivos. Neste mês, o recolhimento de imposto de renda retido na fonte sobre os fundos exclusivos somou R$ 3,380 bilhões.
A Receita ainda destacou que houve uma redução, em relação a março de 2023, dos valores recolhidos a título de ajuste de imposto de renda da pessoa jurídica e contribuição social sobre o lucro líquido (IRPJ/CSLL), o que influenciou o desempenho global da arrecadação dos tributos sobre o lucro, que apresentaram retração real de 13,60%.
Nos três primeiros meses de 2024, a arrecadação federal somou R$ 657,769 bilhões. Segundo a Receita, esse é o melhor resultado para o primeiro trimestre do ano, em termos reais, da série histórica, iniciada em 1995. O montante representa um aumento real de 8,36% na comparação com os três primeiros meses de 2023.