Estadão

Artemis I: Nasa prevê nova tentativa de lançamento de foguete à lua em novembro

A Nasa anunciou nesta sexta-feira, 30, que a passagem do furacão Ian pelo Centro Espacial Kennedy, na Flórida (EUA), não causou danos aos equipamentos de voo e instalações da missão Artemis I. O risco da chegada da tempestade foi o motivo do terceiro adiamento do lançamento da missão não tripulada à Lua, que agora tem uma nova previsão: o período entre os dias 12 e 27 de novembro.

No dia 26, o foguete Space Launch System (SLS) e a espaçonave Orion foram levados do complexo de lançamento para o Edifício de Montagem de Veículos da agência espacial americana (VAB, na sigla em inglês). Segundo as equipes que inspecionaram os equipamentos, houve apenas acúmulo de água identificado em alguns locais. Agora, os engenheiros vão estender as plataformas de acesso ao redor do foguete e da cápsula para inspeções adicionais e preparar a próxima tentativa de lançamento.

Em seguida, os engenheiros estenderão as plataformas de acesso ao redor do foguete Space Launch System e da espaçonave Orion dentro do VAB para se preparar para inspeções adicionais e iniciar a preparação para a próxima tentativa de lançamento, o que incluirá um novo teste do sistema de terminação de voo.

A Nasa informou que o novo período de lançamento foi adiado para novembro para que os funcionários do Centro Espacial Kennedy possam atender às necessidades de suas famílias e lares depois da passagem do furacão Ian. Nos próximos dias, as equipes técnicas vão avaliar os ajustes que precisam ser feitos e identificar uma data específica para a próxima decolagem.

Em 29 de agosto, a Nasa cancelou a primeira tentativa de lançamento da missão não tripulada por causa de um vazamento de hidrogênio líquido no motor de número 3. A falha técnica não pôde ser remediada a tempo. No início de setembro, a agência espacial voltou a cancelar a Missão Artemis I após detectar um novo vazamento de hidrogênio durante o carregamento de um dos propulsores do foguete SLS.

A missão Artemis I é a primeira não tripulada do programa de retorno à Lua, que tem o objetivo de estabelecer presença humana duradoura no satélite natural. Enquanto isso, a Nasa se prepara também para dar um salto ainda maior, até Marte.

A missão será a primeira a utilizar de forma integrada os dois sistemas criados para a exploração de regiões mais distantes do espaço, o foguete SLS e a cápsula Orion: o foguete vai lançar a cápsula a uma distância jamais percorrida por uma espaçonave tripulada, e ela orbitará a Lua por mais tempo do que qualquer outra nave já esteve no espaço sem estar acoplada a uma estação espacial.

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