Estadão

Arthur Lira defende redesenho de teto de gastos em evento do BTG

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu, durante o evento Macro Day do banco BTG Pactual, nesta quinta-feira, 18, o redesenho do teto de gatos. "Não me canso de falar do redesenho orçamentário com desindexação, com circulação onde ali, na mexida orçamentária, a gente pode arrumar algumas saídas e não pressionem tanto o que a gente defende que é o teto de gastos, mas que a gente possa fazer um redesenho", disse.

Lira afirmou que o redesenho do teto de gastos tem que ser lido por um momento em que se ratifique a responsabilidade fiscal, a reforma administrativa, e que tem a impressão clara de que o "próximo Congresso" será do centro direita. "Conservador no sentido de conservar a tendência, de continuar reformando, tentando um Estado mais leve e continuar tentando fazer um Estado mais ágil."

Para ele, apenas um Congresso de centro-direita será capaz de continuar a fazer as privatizações e "trazer recursos internacionais para infraestrutura no País e fazer com que essas coisas aconteçam". "Nós temos que focar imediatamente na questão mais crônica que o Brasil tem, que a gente não para de dizer e as pessoas não querem ouvir. Você não tem como trabalhar com o orçamento vinculado e indexado como nós trabalhamos hoje. Com 96% do orçamento congelado com despesas obrigatórias, sobra para todo o Brasil 4% de investimento."

<b>Orçamento secreto e Petrobras</b>

Lira também defendeu o orçamento secreto que, de acordo com ele, representa 0,13% do orçamento. Ele ainda disse que a Petrobras teria que ter viés mais social porque hoje, na sua avaliação, a estatal "está voltada apenas a distribuição de dividendos".

O evento, focado na temática econômico-política, reúne economistas e políticos para debater os assuntos atuais e tendências para os próximos anos.

Além de Lira, Fernando Haddad (PT), candidato ao Governo de São Paulo, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participaram do evento. Ainda está prevista a participação, logo mais, do ministro da Economia, Paulo Guedes.

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