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ARTIGO – Cenário do mercado nacional é de alto risco, mas investimento não tem fronteira

Investidor precisa saber que buscar o mercado externo é uma boa alternativa diante das incertezas no Brasil

No meu artigo anterior falei sobre a importância de buscar diversificação nos investimentos. E, diante da avalanche dos noticiários, a instabilidade no mercado nacional deixa cristalina a necessidade de expandir o olhar sobre como fazer seu dinheiro render mais, de acordo com o seu perfil, é claro.

Se antes nosso inimigo era “apenas” um – a pandemia do novo coronavírus que levou à interrupção de parte das atividades comerciais e a uma gigantesca crise econômica ainda sem previsão de término –, agora temos outros, que contribuem de forma devastadora na oscilação dos mercados tupiniquins.

Não bastasse todo pânico envolvendo economia e saúde, com a Covid-19, uma guerra atrelada ao petróleo entre Rússia e Arábia Saudita derrubou o preço da commodities em 20 de abril, levando a patamares negativos pela primeira vez na história.

Toda essa movimentação no exterior reflete no mercado de investimentos brasileiro. Pois além da insegurança global, estamos enfrentando turbulência internamente. A pandemia fez o Brasil gastar em dois meses o que economizaria em 10 anos com a reforma da previdência.

Para completar o contexto negativo, a nada tranquila saída do então ministro da Justiça, Sérgio Moro, gerou extrema insegurança no mercado de investimentos. Durante o pronunciamento do ex-ministro, a bolsa de valores brasileira (B3, antiga Bovespa) apresentou queda superior a 8,60%. As acusações de Moro e a resposta não menos explosiva do presidente Jair Bolsonaro dividiram opiniões e mostraram mais uma fragilidade no sistema político.

Com tal cenário, a visão que o investidor estrangeiro tem do Brasil é de insegurança. Para que alguém de fora decida aplicar seu recurso em um país, os juros precisam ser proporcionais ao seu risco, coisa que, nesse momento, não temos para oferecer.

Isso leva, cada vez mais, à necessidade de se procurar investir além-fronteiras. A atenção se volta para ativos que trazem maior segurança aos investidores, os mais antigos do mundo: ouro e dólar.

O melhor cenário está em poder montar uma carteira de investimentos no exterior, onde o capital já estará dolarizado e apostar na compra de ativos de empresas globais, minimizando o risco. O presidente norte-americano Donald Trump já declarou que acredita no crescimento da economia dos Estados Unidos no quarto trimestre e que aposta em um 2021 ainda melhor. A bolsa americana apresentou alta superior a 16% em 27 dias.

O investidor brasileiro precisa entender que não há limites de fronteira para seus investimentos. E que manter todo o seu patrimônio no Brasil pode representar mais um risco, além de todos os outros que ele já está enfrentando nesse momento. Saiba mais a respeito na minha página do Instagram (@dani_rolim), na qual divulgo informações diariamente sobre alternativas de investimentos regulamentados e as possibilidades de diversificação.

Daniella Rolim, CFP®, é graduada em Administração de Empresas, pós-graduada em Banking e tem MBA em Gestão de Negócios e Finanças. Educadora financeira formada pela DSOP, é planejadora financeira com certificação internacional CFP e diretora comercial da Flap Capital

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