Artur reestreou pelo Palmeiras na vitória por 3 a 1 sobre o Bolívar, pela Libertadores, na semana passada, mas só foi apresentado oficialmente nesta sexta-feira, ao lado do volante Richard Ríos. De volta ao time que havia defendido pela última vez em 2018, antes de passar pelo Bahia e ser vendido ao Red Bull Bragantino, o atacante de 25 anos se preparou mentalmente para a nova fase vestindo a camisa alviverde, pois sabe que chega com um status diferente daquele que tinha durante a primeira passagem.
"Agora, muda o contexto porque estamos no maior clube da América Latina e você tem que estar em um nível de concentração maior. Tudo precisa estar alinhado, até com a pressão. Minha irmã é psicóloga e sempre busquei esse apoio, da ansiedade e tomada de decisão. Já tive contato com ela e quero manter esse contato para ser um jogador de elite", afirmou o reforço palmeirense.
Retornar ao Palmeiras, clube no qual concluiu as categorias de base e iniciou a carreira profissional, era um desejo de Artur. Durante a coletiva de apresentação, ele disse que, quando recusou uma oferta para jogar no futebol do Catar, mais cedo neste ano, já estava pensando na possibilidade de retornar ao clube que o revelou.
"Tive proposta muito boa para sair para o Catar, mas a possibilidade voltar para o Palmeiras era o que queria para a minha carreira. Deixei claro que a minha decisão seria essa, minha família está feliz e quando voltei lembrei da base e espero que seja uma nova etapa maravilhosa", comentou o atacante.
Animado, o jogador se colocou à disposição para jogar em diferentes posições, como fazia no Red Bull Bragantino. Ele pode ser, inclusive, uma alternativa para suprir a ausência de Raphael Veiga, que se recupera de uma lesão na coxa direita, e Bruno Tabata, em processo de transição física. Foi nessa função que atuou contra o Bolívar.
"No Bragantino já joguei de 10, no meio, de ponta-esquerda, direita, mais aberto, também como centroavante, então não importa onde, vou me dedicar, vou ver vídeos para melhorar. O Scarpa fez sua história jogando mais como meia com o Veiga. Seria uma honra jogar ao lado do Veiga, do Dudu, não importa onde, tomara que eu esteja no bolo", comentou.
RICHARD RÍOS
Apresentado junto com Artur, Richard Rios chegou como um nome menos conhecido, embora já tenha passado até pelo Flamengo, clube pelo qual se profissionalizou, mas fez poucos jogos. Vindo do Guarani, o colombiano de 22 anos também já entrou em campo pelo Palmeiras, contra o Bolívar e diante do Tombense, e pôde ter as primeiras impressões de como é jogar defendendo a camisa alviverde.
"Desde que eu cheguei, a família palmeirense me acolheu de uma forma muito importante para mim. Receber os comentários, mensagens e ligações é muito gratificante. Eu só entro em campo para fazer o meu trabalho, o meu melhor. Sempre quero evoluir, e é isso que vou fazer aqui", afirmou.
Ao longo da apresentação, Ríos foi questionado sobre a responsabilidade de suprir uma lacuna deixada no elenco pela saída de Danilo, vendido ao Nottingham Forest no início deste ano, e evitou comparações. "Respeito e admiro a carreira do Danilo, mas eu vim para fazer a minha. Se ele (Abel) me colocar de camisa oito, vou dar o meu melhor e o meu máximo", afirmou.
Os dois jogadores estão à disposição do técnico Abel Ferreira para a estreia do Palmeiras no Brasileirão, contra o Cuiabá, em duelo marcado para as 16 horas deste sábado, no Allianz Parque.