As economias asiáticas vão liderar o crescimento mundial em 2015, expandindo a um ritmo de 5,6% em relação ao ano passado, com a recuperação da Índia e do Japão ajudando a compensar a desaceleração na China, apontou um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira.
No entanto, economistas do FMI expressaram preocupação sobre um possível crescimento mais fraco caso não haja mudanças nos estímulos, dizendo que não era tempo de se alarmar, mas “um tempo de alerta”.
O FMI prevê que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) da região Ásia/Pacífico deverá desacelerar em 2016 para 5,5%.
O crescimento asiático caiu para 5,5% em 2014, após registrar avanço de 5,9% em 2013, depois que a China entrou em um nível mais sustentável de crescimento para o território abaixo dos dois dígitos.
O relatório mostrou que o crescimento de 7% da China no primeiro trimestre deste ano veio de acordo com esta tendência.
“Você não pode esperar que um país possa manter um crescimento de 10% para sempre”, disse
Changyong Rhee, diretor de Departamento de Ásia e Pacífico do FMI. “A atual fase de crescimento está em linha com nossas previsões, mas mesmo que seja uma desaceleração desejável, também pode ter um impacto negativo sobre outros países”, acrescentou.
O aumento dos níveis de endividamento e potenciais interrupções do mercado financeiro são outros riscos para o crescimento, embora os reguladores financeiros chineses têm contido as mudanças, como limitar a margem de empréstimos para a compra de ações.
O relatório aponta também que os preços do petróleo mais baixos poderiam impulsionar o crescimento global de 0,3 pontos porcentuais para 0,7 pontos porcentuais em 2015.
Entre as expectativas de crescimento, Mianmar deve expandir 8,3% em 2015, a Índia, 7,5%, Índia e China, 6,8%, e o Japão, 1%, que mostra sinais de recuperação após uma recessão no ano passado.
O FMI aponta que o crescimento do Japão deve continuar modesto, mas que poderia melhorar com medidas mais agressivas para impulsionar a produtividade.
Em relação à China, apesar de sua desaceleração, a segunda maior economia do mundo continua a ser um dos principais motores de expansão do PIB mundial. Fonte: Dow Jones Newswires.