Saúde

Asma: Doença é responsável por 250 mil mortes prematuras ao ano

Mesmo não tendo cura, problema pode ser tratado e controlado com auxílio médico

No último 3 de maio, foi comemorado o Dia Mundial da Asma. A data foi criada com objetivo de prevenir a população para os riscos de uma das doenças respiratórias mais incidentes. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a doença é responsável por cerca de 250 mil mortes prematuras ao ano, sendo três mil delas somente no Brasil. Apesar de apresentar números elevados, a doença é passível de prevenção e o tratamento, se realizado adequadamente, possibilita o seu controle.

De acordo com o dr. Elcio Vianna, membro da sub-comissão de Asma da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), os principais sintomas são falta de ar, tosse e chiado no peito, que podem se agravar principalmente nesta época do ano com a chegada do outono. "A asma pode surgir por fatores genéticos ou ambientais. Por esta razão, os asmáticos devem evitar locais com poeira, fumaça de cigarro, tintas e produtos de limpeza que contenham cheiro acentuado, bolor, entre outros, que podem agravar os sintomas", explica o especialista.

Embora não exista cura para a asma, um tratamento adequado é capaz de controlá-la. Diversos são os medicamentos utilizados atualmente para o controle da doença. Os broncodilatadores promovem a dilatação dos brônquios, enquanto os antiinflamatórios interrompem o desenvolvimento da inflamação. "Além da medicação, atividades físicas sob acompanhamento médico podem melhorar a qualidade de vida dos asmáticos", aconselha o médico.

Mortes no Brasil

O especialista acredita que a ineficiência e a falta de atendimentos emergenciais são as principais razões pela qual cerca de três mil mortes ocorrem no país por asma. "Além das deficiências no atendimento, há casos de pacientes que não reconhecem a gravidade da exacerbação da doença e não procuram atendimento".

No Brasil, cerca de 80% das mortes por asma acontecem dentro dos hospitais, apontando problemas na qualidade do atendimento. Estes altos números são assustadores, especialmente em um país no qual há disponibilidade de medicamentos oferecidos gratuitamente ou com descontos pelo governo. "Não basta a acessibilidade ao tratamento, o paciente precisa saber da importância de se tratar corretamente. Mas o que acontece em grande parte dos casos é, após melhora dos sintomas, abandonam a medicação e voltam a piorar. Correm, assim, o risco de uma crise grave que pode levar a morte", adverte o especialista.

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