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Assassinato de família no DF desafia investigação

Quase uma semana após o desaparecimento de integrantes da mesma família no Distrito Federal, as polícias do DF, de Goiás e de Minas Gerais ainda tentam esclarecer o que exatamente aconteceu com oito pessoas. Há ao menos duas linhas de investigação.

Na terça-feira, 17, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu três homens suspeitos de participação na morte de seis pessoas: a cabeleireira Elizamar da Silva, de 39 anos, e os três filhos, Rafael e Rafaela, de 6 anos, e Gabriel, de 7 anos; sua sogra, Renata Juliene Belchior, de 52; e Gabriela Belchior de Oliveira, de 25, filha de Renata.

A investigação envolve as polícias de diferentes Estados, uma vez que a família morava no Distrito Federal, mas dois veículos com seis corpos carbonizados foram encontrados em Goiás (quatro no carro que pertencia a Elizamar em Cristalina) e Minas (dois no veículo achado em Unaí, que pertencia ao sogro da cabeleireira). A polícia acredita que os corpos são dos desaparecidos, mas ainda aguarda o resultado de exames de identificação por meio de DNA.

Na tarde desta quarta, 18, mais um corpo foi encontrado, dessa vez na casa que serviu de cativeiro para integrantes da família, em Planaltina (GO).

<b>Participação de marido e sogro no crime está sob apuração da polícia</b>

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga a versão contada em depoimento por Horácio Barbosa, um dos presos no caso. “As investigações prosseguem no intuito de verificar a versão apresentada, isto é, se o pai das crianças e o avô estão vivos e se realmente foram coautores do hediondo crime”, afirmou o delegado-chefe da 6.ª DP, Ricardo Viana. Segundo o delegado, os homens presos teriam recebido R$ 100 mil para praticar o crime e “um deles indicou a participação do pai das crianças e também do avô nos dois crimes citados”.

Em seu depoimento, Horácio Barbosa disse à polícia que ele e Gideon Batista de Menezes, outro preso no caso, teriam sido contratados por Thiago Gabriel Belchior, de 30 anos, marido de Elizamar, e Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, pai de Thiago, para matar a cabeleireira e também para sequestrar Renata e Gabriela, mulher e filha de Marcos respectivamente.

Ainda segundo Horácio, Marcos e Thiago estariam interessados em R$ 400 mil que Renata havia recebido da venda de uma casa e em R$ 100 mil de um empréstimo que Elizamar havia contraído para investir em seu salão.

Marcos e Thiago estão desaparecidos. De acordo com a PCDF, a ocorrência do desaparecimento deles foi registrada no domingo, 15, juntamente com o de Renata e Gabriela. O delegado Viana afirma que “os dois, que constavam como desaparecidos, teriam participado efetivamente do crime e depois fugido”.

<b>Vítimas</b>

A Polícia Civil de Goiás, no entanto, tem uma outra linha de investigação que aponta que Marcos e Thiago também estariam mortos, além de outras duas mulheres ligadas a eles, também consideradas desaparecidas.

De acordo com o delegado Rilmo Braga, coordenador da força-tarefa criada em Goiás para investigar o caso, além da tese de homicídio encomendado, os fatos apontariam para um sequestro ou um falso sequestro que teria dado errado, resultando na morte de toda a família.

Nessa linha de investigação, Thiago e Marcos poderiam ter planejado o sequestro dos familiares e, por algum motivo, teriam também sido mortos pelos comparsas.

Em uma outra linha, Thiago e Marcos seriam as vítimas do sequestro, junto com Renata e Gabriela, e todos teriam ficado no mesmo cativeiro e sido mortos.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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