A Assembleia Geral da CBF que estava marcada para esta quarta-feira, 25, e que iria definir o futuro do presidente afastado da entidade, Rogerio Caboclo, foi suspensa por determinação de um dos árbitros do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), órgão privado que atua na resolução de litígios.
A suspensão atendeu a pedido da defesa de Caboclo, que considerou que a Assembleia Geral não poderia ter sido convocado antes que os 27 presidentes de federações soubessem do parecer da Comissão de Ética da CBF a respeito do caso envolvendo o presidente afastado – ele é acusado de assédios moral e sexual contra uma funcionária, que apresentou denúncia formal em 4 de junho.
Pelo estatuto da CBF, a decisão da Comissão de Ética da entidade precisa ser referendada pelos presidentes das federações. A comissão pode inocentar o presidente afastado, ou sugerir de advertência a afastamento definitivo – mas, para isso, pelo menos 3/4 dos dirigentes de federações estaduais precisarão dar aval.
Na quinta-feira passada, a CBF publicou edital em seu site convocando uma Assembleia Geral Extraordinária para esta quarta-feira. O primeiro item da ordem do dia informa que o encontro terá por objetivo "conhecer da decisão e confirmar ou não sanções eventualmente aplicadas pela Comissão de Ética do Futebol Brasileiro". Assim, na convocação feita pela CBF, essa decisão seria dada tão logo o parecer da Comissão de Ética fosse conhecido. A defesa de Caboclo, por sua vez, alegou que a reunião de dirigentes não poderia ter sido convocada antes de se conhecer o resultado, argumento que foi aceito por um dos árbitros do CBMA.
A CBF ainda não se manifestou oficialmente sobre a determinação da CBMA, mas o Estadão apurou que a entidade não deverá recorrer. Assim, a Assembleia Geral deverá ser remarcada para a próxima semana. A reportagem entrou em contato com a assessoria de Rogério Caboclo e aguarda manifestação.