Representantes da equipe de transição do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tentaram minimizar as preocupações em torno da ligação telefônica ocorrida na sexta-feira entre o republicano e a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, conversa que tem sido apontada como um sinal de ruptura da política norte-americana com a China.
“Este não é desvio massivo de nossa política”, disse o novo chefe da equipe da Casa Branca, Reince Priebus, neste domingo. “Mas o Presidente Trump deixou claro que ele vai trabalhar com (a República Popular da China) para ter certeza de que teremos um acordo melhor, que teremos melhores acordos comerciais”, acrescentou.
Em entrevista à rede de televisão CBS, Priebus disse que Trump “sabia exatamente o que estava acontecendo” quando ele entrou em contato com Tsai Ing-wen. Enquanto isso, o vice-presidente eleito, Mike Pence, disse à ABC News: “Ele aceitou a ligação, aceitou seus parabéns e bons desejos, e foi precisamente isso”.
“Isso não foi nada mais do que atender a uma chamada de cortesia de parabéns da líder democraticamente eleita de Taiwan”, emendou.
Pressionado sobre se o contato poderia causar implicações para a longa política “Uma China” de não estender o reconhecimento diplomático para a ilha, Pence insistiu: “vamos lidar com a política depois de 20 de janeiro. Esta foi uma chamada de cortesia”.
Uma série de questões globais que exigem cooperação entre Pequim e Washington – desde a gestão da economia global até a mudança climática – ficará mais difícil se a chamada de sexta-feira resultar em uma mudança de política assim que Trump assumir o cargo. Taiwan não é governada pela China desde uma guerra civil há mais de 60 anos. Fonte: Dow Jones Newswires.