Cidades

Associação alerta sobre problemas ambientais que podem piorar em Guarulhos

Como a existência das ilhas de calor, gerada pelo excesso de voos na região e pelos caminhões estacionados no terminal de cargas da rodovia Fernão Dias

A Associação Paulista dos Gestores Ambientais (APGAM) tem listado diversos problemas ambientais no município e alerta para possíveis agravos na situação. Entre estes está a existência das ilhas de calor, principalmente aquela gerada pelo excesso de vôos na região e pelos caminhões estacionados no terminal de cargas da rodovia Fernão Dias.

De acordo com o gestor ambiental e diretor de comunicação da APGAM, José Ramos, um dos principais problemas na área ambiental da cidade são as ilhas de calor. Formadas nas regiões mais urbanizadas, elas podem oscilar em até 10 graus acima da temperatura registrada em outros pontos da cidade. Ramos destaca que o terminal de cargas da Rodovia Fernão Dias, localizado no Jardim Julieta, zona norte de São Paulo, é um dos principais contribuintes para este problema. "O calor deste terminal é levado pelo vento para Guarulhos e para a Serra da Cantareira", diz o gestor ambiental.

Ele explica ainda que, por conta do alumínio dos caminhões estacionados, há grande liberação de ozônio, que também é levado ao município e à Serra, prejudicando o meio ambiente. "Isto pode se agravar caso o projeto de ampliação do terminal se concretize", disse.

Outra questão apontada pelo diretor de comunicação da APGAM é a grande quantidade de voos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica, que leva a uma saturação na bacia aérea.

Ilhas verdes – Questionado pela reportagem do Guarulhos Hoje, o secretário municipal de Meio Ambiente, Alexandre Kise, explicou que as ilhas de calor têm sido combatidas por meio da aplicação do Programa Ilhas Verdes, que já levou ao plantio de mais de 30 mil árvores na cidade em dois anos.Em relação à saturação da bacia aérea, Kise explica que na última semana iniciou uma série de reuniões com empresas aéreas sobre o assunto. De acordo com o secretário, até o mês de dezembro será assinado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre a Prefeitura e as empresas. "Este TAC prevê que as empresas adquiram áreas em Guarulhos e as transforme em florestas urbanas, para compensar os danos provocados com os voos", disse.

Kise concordou que os problemas apontados por Ramos sobre o terminal de cargas da rodovia Fernão Dias chegam a Guarulhos. Entretanto, argumentou que a questão é de responsabilidade da administração pública de São Paulo, já que fica fora dos limites do município. (DA)

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