O presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), Roberto Medeiros, afirmou nesta quarta-feira, 2 que a perspectiva da indústria de companhias de fidelidade é de continuidade do crescimento ao longo dos próximos trimestres.
“Se o passado justificar o futuro, a perspectiva é de crescimento”, disse Medeiros, destacando que os dados de números de cadastros em programas de fidelidade e quantidade de pontos/milhas emitidos e resgatados tem mostrado crescimento ao longo dos últimos trimestres. “Além disso, se olharmos mercados maduros, como Canadá e Inglaterra, a penetração do segmento de fidelidade é bem maior do que a verificada hoje no Brasil. Esse é mais um ponto que favorece as perspectivas de crescimento”.
Para o presidente da Abemf, o traçado de uma estratégia de comunicação efetiva, que incentive novos consumidores a aderirem aos programas de fidelidade e estimule o acúmulo de pontos, será fundamental para a manutenção das taxas de crescimento da indústria. “Temos que fazer nossa lição de casa adequadamente e mostrar para as pessoas que elas não precisam consumir mais para acumular mais pontos. Se tivermos sucesso em comunicar aos participantes para privilegiarem as empresas que acumulam pontos, é factível dizer em crescimento nas mesmas taxas que vimos ao longo deste ano”.
Medeiros ressaltou que, independente do cenário econômico, os consumidores devem privilegiar o consumo em estabelecimentos que concedam pontos para o programa de fidelidade em que são cadastrados. “Se a pessoa vai colocar combustível no seu carro, é bom que ela privilegie a rede de postos que dá pontos no programa dele. O consumidor não vai gastar nada adicional e irá acumular pontos”.
O vice-presidente da Abemf, Roberto Chade, ressaltou que, apesar do cenário econômico desfavorável, a indústria de fidelidade ainda possui espaço para continuar crescendo. “Se já tivéssemos atingido a maturidade, talvez teríamos uma preocupação grande para o ano que vem. Mas como a indústria é nova, vemos uma oportunidade grande”, disse Chade. “Temos espaço para conquistarmos mais consumidores e mais empresas participantes. Essas duas variáveis fazem a nossa visão ser a de que os próximos anos ainda serão de crescimento”.
Questionado sobre um possível aumento nos custos, com bancos e parceiros comerciais dispostos a pagarem menos para estabelecerem parcerias com os programas de fidelidade, Medeiros afirmou que se trata de uma possibilidade, mas que esse cenário era mais pessimista que o assumido pela entidade. “Os parceiros identificam valor em trabalhar conosco, por trazermos participantes para as lojas ou para a companhia aérea”.