O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reforçou, na ata da sua reunião da semana passada, a necessidade de continuar avaliando, ao longo do tempo, os impactos acumulados "a serem observados" do "intenso e tempestivo" ciclo de política monetária já empreendido. "Assim, o Comitê avaliou que, diante dos dados divulgados, projeções, expectativas de inflação, balanço de riscos e defasagens dos efeitos da política monetária já em território significativamente contracionista, era apropriado manter a taxa de juros no patamar de 13,75% ao ano", disse, no documento.
O encontro de outubro decidiu pela segunda vez pela manutenção da taxa. Em setembro, a decisão de estabilidade selou o fim do ciclo de alta de juros mais longo da história do Copom.
Na ata, o BC ainda repetiu que é necessário "manter a vigilância", para avaliar se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros "por um período suficientemente prolongado" será capaz de garantir a convergência da inflação às metas.
"O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", reafirmou, alertando de novo que "não hesitará" em retomar o ciclo de alta, caso a desinflação não ocorra como o esperado.
O Copom repetiu por meio da ata de seu encontro de outubro que vai se manter vigilante e avaliar se a estratégia de manutenção da taxa Selic por um período "suficientemente prolongado" garantirá a convergência da inflação às metas.
Além disso, reafirmou o alerta, feito desde setembro, de que "não hesitará" em retomar as altas dos juros básicos caso a desinflação não ocorra como esperado, após lembrar que os passos futuros de política monetária poderão ser ajustados.