Um funcionário público morreu e um deputado federal ficou gravemente ferido nesta quinta-feira, 9, em um ataque a tiros em uma praça em frente ao Congresso Nacional da Argentina, em Buenos Aires. A polícia ainda investiga o caso, mas, segundo fontes do governo, o funcionário público era o alvo do ataque, já que os agressores não atiraram novamente no deputado, como mostram imagens de câmaras de segurança.
Marcelo Yadón, de 58 anos, coordenador do Fundo Fiduciário do Transporte Elétrico da Província de La Rioja, noroeste do país, chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
O deputado Héctor Olivares, de 61 anos, do partido União Cívica Radial (UCR) – aliado do partido do presidente Mauricio Macri -, também foi baleado e está internado em estado grave.
Horas após o ataque, que ocorreu aproximadamente às 7 horas, a polícia prendeu Rafael Cano Carmona, cunhado de Juan Jesús Fernández, dono do veículo Volkswagen cinza usado pelos agressores.
“(Olivares) está em estado grave, corre risco de morrer. Foi realizada uma cirurgia de emergência para evitar sua morte”, disse Pablo Rossi, subdiretor do Hospital Ramos Mejía, para onde ele foi levado.
O deputado foi ferido na região abdominal e a bala atingiu seu fígado, cólon, pâncreas e as vias biliares. “O cólon esquerdo não foi reparado 100%. Ele será operado novamente entre 24 a 48 horas”, completou o médico.
Macri prometeu que o caso será investigado profundamente para identificar e determinar as motivações do atirador. “Quero dizer aos argentinos que a polícia já está trabalhando no caso e vamos até as últimas consequências para entender o que aconteceu e encontrar os culpados”, afirmou, ao enviar condolências para a família de Yadón.
Membros de todo o espectro político repudiaram o ataque. Segundo a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, o alvo era Yadón. “Os responsáveis atiraram com o objetivo de atingir Yadón e conseguiram matá-lo. Eles poderiam ter assassinado Olivares, mas não o fizeram”, disse.
Os investigadores tentam determinar se Yadón teria sido alvo do ataque por suas atividades antes de chegar ao cargo de servidor público – ele era empresário do ramo de transportes. “Os assassinos já foram identificados. Precisamos encontrá-los e prendê-los”, disse Patricia. (Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.