Internacional

Ataques com carro-bomba deixam 20 mortos em Bagdá

Uma série de ataques com carro-bomba, cujos alvos foram mesquitas e mercados xiitas da capital iraquiana, deixaram pelo menos 20 mortos nesta sexta-feira, disseram autoridades. Trata-se do segundo dia consecutivo de ataques em Bagdá.

No ataque mais violento do dia, um carro estacionado cheio de explosivos foi detonado perto da mesquita al-Mubara, que fica no bairro de Karradah, majoritariamente xiita, matando oito pessoas e ferindo 18, informou a polícia. Mais tarde, carros foram detonados em dois mercados ao ar livre em bairros xiitas, um no subúrbio de Nahrawan em outro no distrito de Bayaa. Juntos, os ataques mataram nove pessoas e feriram 23. Ao sul de Bagdá, outro carro-bomba explodiu na cidade de Mahmoudiyah, matando três e ferindo dez, informou a polícia.

As ações de sexta-feira aconteceram um dia depois de uma série de violentos ataques em áreas majoritariamente xiitas no interior e nas proximidades de Bagdá, que deixaram dezenas de mortos.

A natureza coordenada e o estilo dos ataques sugerem fortemente que foram trabalho de extremistas do grupo Estado Islâmico, cujos integrantes consideram os xiitas hereges. Os militantes sunitas tomaram grandes extensões de terra no oeste e norte do Iraque, colocando o país na pior crise desde que as tropas norte-americanas deixaram o território iraquiano, em 2011.

Aviões norte-americanos têm realizado ataques aéreos contra o grupo no Iraque e forças de segurança curdas trabalham para retomar partes do território iraquiano. O Comando Central dos Estados Unidos disse na quinta-feira que o Exército realizou 176 ataques aéreos no Iraque desde 8 de agosto.

O Estado Islâmico informou que estabeleceu uma força policial para garantir a lei e a ordem na cidade iraquiana de Mosul, norte do país, tomada pelos insurgentes sunitas em junho. “O Estado Islâmico retomou o sistema policial e indicou centenas de mujahedin para proteger muçulmanos e suas propriedades”, disse o grupo em comunicado nesta sexta-feira.

A autenticidade do comunicado não pôde ser comprovada, mas a mensagem foi postada num site geralmente usado pelo grupo. Fonte: Associated Press.

Posso ajudar?