Uma série de ataques a tiros coordenados deixaram ao menos dois mortos e vários feridos em Viena nesta segunda-feira, 2. O ministro do Interior considera o incidente um ato terrorista.
A polícia disse que vários tiros foram disparados pouco depois das 20 horas (1900 GMT) em uma rua movimentada no centro da cidade e que havia seis locais de tiro. Imagens não verificadas postadas nas redes sociais mostraram homens armados andando pelas ruas, aparentemente atirando em pessoas ao acaso, ferindo várias.
Uma caçada está em curso, disse o ministro do Interior, Karl Nehammer, acrescentando que os agressores estão fortemente armados e são perigosos.
Uma área do centro da cidade foi isolada e uma grande operação está em andamento. A corporação relatou que os ataques aconteceram em seis locais diferentes.
Nehammer, disse à emissora austríaca ORF que se acredita que o ataque foi executado por várias pessoas. "No momento, posso confirmar que acreditamos que este seja um aparente ataque terrorista", disse.
A mídia local afirma que uma sinagoga foi atacada. As circunstâncias exatas do incidente ainda estão sendo determinadas.
O líder da comunidade judaica Oskar Deutsch disse no Twitter que não estava claro se a sinagoga de Viena e os escritórios adjacentes haviam sido alvos de um ataque e disse que os locais estavam fechados.
"Fomos vítimas de um desprezível ataque terrorista na capital federal que ainda está em andamento", disse o chanceler austríaco Sebastian Kurz horas depois do início do tiroteio.
"Um dos atiradores foi morto, mas outros suspeitos ainda estão à solta", disse o chanceler. "Eles também parecem, pelo que sabemos, estar muito bem equipados, com armas automática."
<b>Repercussão</b>
A União Europeia "condena veementemente" o "horrível atentado", declarou no Twitter o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, chamando o ataque de "ato covarde". "Meu pensamento dirige-se às vítimas e aos habitantes de Viena (…) Estamos do lado da Áustria", escreveu.
O presidente da França, Emmanuel Macron, enviou uma mensagem de solidariedade ao povo austríaco e reiterou sua vontade de não ceder ao terrorismo.
"Depois da França, eles atacam um país amigo. É a nossa Europa. Nossos inimigos devem saber quem eles estão enfrentando. Não faremos concessões em nada", escreveu Macron no Twitter.
"Não devemos ceder ao ódio que visa dividir nossas sociedades", declarou o Ministério das Relações Exteriores alemão na segunda-feira."Mesmo que a extensão dos atos terroristas ainda não tenha sido determinada, nossos pensamentos vão para os feridos e as vítimas.", disse o ministério no Twitter. (Com agências internacionais)