A Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina ainda não consegue apontar a responsabilidade da série de atentados dos últimos dias. De acordo com o secretário Cesar Grubba, “todos os indícios levam a uma organização por trás dos atos, mas ainda não é possível apontar uma motivação”. Desde a última sexta-feira, quando iniciaram os atentados, foram registradas pelo menos 34 ocorrências em cidades de todo o Estado.
Além da sensação de insegurança, pelo menos a população da Grande Florianópolis conta com um inconveniente a mais. Desde terça-feira, 30, o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Público (Sintraturb) determinou o encerramento das atividades entre as 18h30 e 6h. Os últimos coletivos são escoltados por viaturas da PM até o ponto final.
Segundo o sindicato, a medida é uma forma de preservar a segurança dos funcionários e usuários. Na manhã de terça-feira, às 7h20, um ônibus foi incendiado no Sul da Ilha, em Florianópolis, e o cobrador teve que sair quebrando uma janela.
Na tarde de terça foi divulgada pela imprensa uma carta de presos da penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, encaminhada à juíza da Vara de Execuções Penais de São José, Alexandra Lorenzi da Silva. Datada de 11 de agosto, a carta só foi entregue nesta quarta pela demora em conseguir as mais de mil assinaturas. Os signatários reivindicam melhorias nas condições de saúde, alimentação e para as visitas de parentes. Em nenhum momento a carta cita atentados. No mesmo dia a juíza encaminhou o documento ao Ministério Público, solicitando uma vistoria na unidade para as próximas semanas.