Rebeldes xiitas do Iêmen atacaram postos de fronteira da Arábia Saudita, desencadeando violentos combates durante a noite que deixaram três soldados sauditas e dezenas
de rebeldes mortos. Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita continuaram a bombardear posições rebeldes dentro Iêmen nesta sexta-feira, incluindo uma greve na capital, Sanaa, que matou pelo menos 20 civis.
Ontem, um ataque dos rebeldes, conhecidos como houthis, foi o incidente mais dramático na fronteira desde que a Arábia Saudita lançou uma intensa campanha de ataques aéreos contra os rebeldes, há pouco mais de um mês, elevando a 11 o número de soldados sauditas mortos durante a campanha aérea. A ação mostrou como os houthis apoiados pelo Irã ainda são capazes de realizar de grandes operações, apesar dos ataques aéreos que têm incansavelmente alvejado suas posições e as de seus aliados, unidades militares leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh.
A ofensiva liderada pela Arábia Saudita, que começou em 26 de março, tem como objetivo diminuir a capacidade militar dos houthis, que invadiram a capital iemenita, Sanaa, e estão avançando pelo sul do país. A ONU diz que pelo menos 550 civis foram mortos até agora nessa guerra.
Os Estados Unidos têm se mostrados cada vez mais preocupados sobre a intervenção saudita no Iêmen e como restaurar a paz no local. Inicialmente, os EUA apoiaram a campanha de bombardeio. Mas, em meio à crescente preocupação sobre o número de civis mortos também aumentaram os temores de que armas fornecidas ao governo por parte dos sauditas e seus parceiros de coalizão podem cair nas mãos de terroristas.
Autoridades norte-americanas disseram nesta sexta-feira que o secretário de Estado John Kery pode visitar a Arábia Saudita na próxima semana para discutir as questões. Kerry tinha planejado estender sua atual viagem ao Sri Lanka e África com uma parada em Israel, mas as autoridades disseram que ele provavelmente vai mudar a rota para Riyadh. Fonte: Associated Press