Ataques aéreos liderados pela Arábia Saudita atingiram rebeldes xiitas e forças aliadas no Iêmen nesta sexta-feira, matando pelo menos 10 civis, disseram testemunhas, depois de a Organização das Nações Unidos (ONU) ter dito que o país precisa de US$ 1,6 bilhão para ajudar milhões de iemenitas e evitar uma “iminente catástrofe humanitária”.
Os ataques aéreos ocorreram na capital, Sanaa, atualmente controlada pelos rebeldes, Sanaa, em Aden, cidade ao sul do pais, e nas províncias de Lahj e Jouf. Os 10 civis foram mortos em ataques contra a fortaleza dos rebeldes ao norte, em Saada. As testemunhas insistiram em se manter anonimato por medo de represálias.
Os combates no Iêmen colocam os rebeldes xiitas, conhecidos como houthis, e tropas leais
ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh contra os separatistas do sul, milícias tribais, militantes islâmicos sunitas e forças leais de nível internacional ao presidente Abed Rabbo Mansour Hadi, que está no exílio na Arábia Saudita.
Os houthis tomaram o controle do governo do Iêmen em setembro do ano passado, levando Hadi a fugir para Riade, capital da Arábia Saudita. Hadi apoiou uma ofensiva aérea liderada pela Arábia Saudita, que começou no final de março e tem como objetivo expulsar os houthis e reconduzir o presidente exilado ao poder.
A ONU estimou no mês passado que quase 2 mil pessoas foram mortas no Iêmen desde o início dos ataques sauditas. Outros 500 mil se deslocaram para fugir dos conflitos. A coalizão saudita e os Houthis concordaram com um cessar-fogo humanitário de cinco dias no mês passado, mas grupos de ajuda disseram que o tempo era muito curto para atender às necessidades de comida, combustível e remédios. Fonte: Associated Press.