Quem assiste às novelas nas principais emissoras de televisão já percebeu que existe um movimento no sentido de tornar comum para a população relações homossexuais. O tema – antes um tabu – está cada dia mais presente no horário nobre, com a apresentação de gays, que vivenciam relacionamentos amorosos e também sobre os problemas que enfrentam, seja para assumir sua sexualidade ou mesmo para lidar com os preconceitos tão presentes na sociedade. Tudo isso segue uma linha que acompanha a recente decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhcer a união de pessoas do mesmo sexo.
Ao mesmo tempo, as paradas gays batem recordes de público nas maiores cidades do país, a ponto do evento realizado em São Paulo já ser reconhecido como o maior do mundo do gênero. Tirando críticas mais pesadas de alguns setores da igreja, principalmente das evangélicas, que colocam uma série de obstáculos, criou-se – de forma positiva – uma onda que passa a impressão de que a sociedade aceita o homossexualismo com grande naturalidade.
Não há dúvidas de que os meios de comunicação de massa são grandes formadores de opinião. As novelas, sobretudo aquelas exibidas pela Rede Globo, ditam tendências e conceitos. Temas, para muitos, considerados absurdos, acabam caindo no gosto popular e passam a ser assimilados por grande parte da população, em alguns casos, contrariando preceitos religiosos ou ideológicos.
Porém, ao mesmo tempo em que se coloca a união de pessoas do mesmo sexo como algo natural, também se percebe que parte da sociedade reage com atos de intolerância, cada dia mais frequentes também.
Os noticiários vêm mostrando ações de violência que vitimam não só gays mas também outras pessoas, que foram confundidas, como no fim de semana, no interior de São Paulo, onde pai e filho foram covardemente agredidos só porque estavam abraçados. Ações como essa depõem contra o ser humano. Devem ser condenadas de forma exemplar, já que em nada acrescentam ao avanço da sociedade. As pessoas, até por questões culturais, podem até não aceitar o homossexualismo. Mas ninguém tem o direito de agir com preconceitos ou intolerância. Todos nós temos o dever de dizer não a esse tipo de atitude.
