Opinião

Até os quero-quero saíam da frente

Impossível para um corinthiano como eu não utilizar esse espaço para falar de futebol nesta semana, que começou para lá de festiva quando meu time “goleou” o sempre rival Palmeiras por 0 a 0 no tempo normal, mas marcou seis gols no Deola na cobrança dos pênaltis. Ah, mas tomou cinco. Isso não importa. Para o bom torcedor, vale só o lado positivo.


Por isso, me permito a tratar desse assunto enquanto estamos por cima, habilitados a disputar a final do campeonato paulista contra aquele time da Vila Belmiro, que tem o péssimo hábito de formar craques para o futebol mundial. Segunda-feira, a conversa pode ser outra.


Mas futebol é assim. Domingo o Flamengo (não o de Guarulhos) estava em festa comemorando o título carioca invicto. Dá para imaginar como foram as baladas comandadas pelo promoter Ronaldinho Gaúcho, que só voltou ao Brasil para ficar mais presente nas baladas cariocas. Tanto é assim que já na quinta-feira, na primeira derrota do time neste ano,contra o Ceará, em plena cidade maravilhosa, o dentuço saiu vaiado. Altos e baixos valem para os craques e para os torcedores.


Nesta linha, impossível não destacar que os incríveis, imbatíveis, bonzãos do futebol sulamericano Cruzeiro, Internacional, Grêmio e Fluminense deram adeus à Libertadores na mesma quarta-feira, considerada um dia terrível para o futebol brasileiro. E depois era o Corinthians que só passava vexame nesse torneio (tem um “que” de soberba nessa afirmação, não nego).


E, antes de acabar o espaço, não posso deixar de cornetar um pouco meus caros amigos e irmãos palmeirenses (meu pai, minha mãe e minha esposa, coincidentemente, sem citar os cunhados e outros, torcem para o verde).


Afinal, não é sempre que os maiores rivais levam meia dúzia de gols duas vezes na mesma semana (domingo foi 6 a 5 nos pênaltis, repita-se).


Na quinta-feira à noite, diante da TV, eu não acreditava que a porteira – defendida pelo admirável Marcos, que só entra em fria – estivesse tão aberta. Nos dois últimos gols do Coritiba, até os quero-quero do Couto Pereira, a exemplo da defesa verde, saíam da frente dos atacantes adversários. Eita bicho inteligente, que aprende fácil como se postar em campo, não? E a torcida repete: quero quero mais.


 


Ernesto Zanon


Jornalista, diretor de Redação do Grupo Mídia Guarulhos, escreve neste espaço na edição de sábado e domingo


No Twitter: @ZanonJr

Posso ajudar?