A Fifa quer uma Copa do Mundo com 48 times, divididos inicialmente em 16 grupos com três seleções cada. Essa será uma das propostas que, em janeiro de 2017, será votada numa reunião extraordinária em Zurique.
O presidente Gianni Infantino defenderá a tese da ampliação da Copa de 2026. Mas ao contrário do que vinha sendo debatido inicialmente, com um mata-mata inicial, a entidade sugere um novo formato para atender aos interesses comerciais de TVs e patrocinadores.
Em outubro, a proposta original que foi apresentada indicava que 32 seleções iriam se enfrentar em um jogo eliminatório, mas já no país sede da Copa. As 16 classificadas se juntariam a outras 16 seleções – melhores classificadas nas Eliminatórias – já para um formato tradicional do Mundial, de novo com 32 seleções.
O problema desse modelo é de que obrigaria uma seleção e todos seus torcedores a irem até o país sede da Copa, sob o risco de perder já no primeiro jogo, retornando imediatamente para casa.
Outro problema desse modelo é o interesse das emissoras de TV que, em troca de pagamentos milionários, tem o direito de transmitir a Copa para seus países. Mas, em caso de uma derrota no primeiro jogo de sua seleção, a emissora ficaria com enormes perdas. Estimativas apontam que, para equilibrar as contas, uma emissora precisa transmitir pelo menos três jogos de sua seleção num Mundial.
Num esforço de atender a todos, Infantino sugere o novo modelo. Assim, os 48 times no Mundial seriam divididos em 16 grupos de três. Isso permitiria que pelo menos dois jogos fossem disputados por uma seleção. Das três seleções em cada grupo, duas seriam classificadas para as oitavas de final.
Essa será uma das propostas que estará sobre a mesa nos dias 9 e 10 de janeiro aos dirigentes da Fifa. A esperança da Conmebol é de que possa garantir sete vagas para as seleções sul-americanas, deixando apenas três de fora.