Sem realizar sessões plenárias desde quinta-feira, 20, em função da invasão dos “estudantes” intitulados de “revolucionários”, o vereador Antônio D’Agostino (PV) classificou o ato como falta de respeito. Ele entende que o propósito que motivou a ação dos invasores já não existe mais, além de criticar a postura deles e citar prejuízos que estão causando ao município.
“Por um lado a juventude tem o direito de protesto. Mas toda falta de respeito não é legítima. O direito de protestar é constitucional e todos podem. Agora a forma de protestar é que tem de ser criticada. Na verdade o protesto ficou vazio com a aprovação da PEC (246 pelo Congresso Nacional)”, declarou o vereador Antônio D’Agostino.
Além de criticar a condução do manifesto que interditou o plenário e as galerias da Câmara, o parlamentar acredita que o presidente da Casa de Leis, o vereador Professor Jesus (DEM), poderia ter evitado todo o transtorno causado até o momento, já que a invasão dura oito dias, com sua intervenção para liberação do ambiente público. O representante do Partido Verde citou a votação do Orçamento como um dos prejuízos.
“Falta um pouco de pulso também. A Câmara tem que ter autoridade e cabe ao presidente tomar as providências para desocupar a Câmara para que os vereadores possam trabalhar. Acredito que o presidente deva convocar sessões extraordinárias para recuperar esse tempo perdido. Inclusive, temos que votar o orçamento até o fim do ano e não tem como os vereadores obstruírem esta votação”, explicou.
Ele também apontou dois parâmetros para explicar o cenário construído pelos invasores. “Nós temos duas situações aí. Uma no início que tinha muitos jovens e crianças, então, ficou difícil impor um policiamento para impedir (a invasão). Essa situação de hoje é diferente. E me parece que um grupo de estudantes foram substituídos e outras pessoas envolvidas como professores, universitários, etc”, concluído.