Atividade da indústria paulista cai 4,8% em março ante fevereiro, diz Fiesp

A atividade da indústria paulista, medida em horas, caiu 4,8% em março ante fevereiro, com ajuste sazonal, acumulando queda de 2,1% neste ano, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta segunda-feira. 4.

As vendas reais também caíram no período, 5,1%, desconsiderando os efeitos sazonais, mas ainda acumulam ligeira alta no ano (0,3%). Enquanto isso, os salários reais médios tiveram redução marginal, de 0,1%, e, em 2020, cedem 0,8%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) também voltou a recuar, de 75,6% em fevereiro para 74,7% em março, também considerando a série dessazonalizada. Sem ajuste, a queda foi de 75,5% em março de 2019 para 74,6% no terceiro mês deste ano. Esse é o segundo menor resultado para março desde 2002, a mínima foi em 2017 (74,4%). A média para o período é de 79,6%.

<b>Sensor</b>

O Sensor da atividade da indústria paulista caiu de 47,3 pontos em março para 34 pontos em abril, na série com ajuste sazonal, informou a Fiesp, o que é o menor nível da série histórica, iniciada em junho de 2006. Resultados abaixo da marca de 50 pontos indicam pessimismo dos empresários.

Segundo nota da Fiesp, o Sensor de abril reflete de forma mais clara as medidas de distanciamento social do que o resultado apresentado pela produção em março, que cedeu 4,8% ante fevereiro, com ajuste sazonal. "O resultado indica forte retração da atividade industrial paulista em abril."

O item que avalia as condições de mercado apresentou retração mais forte, de 44,7 pontos para 28,2 pontos em abril, assim como investimentos, de 45,9 pontos para 28,5 pontos em abril. A percepção sobre as vendas atingiu 30,6 pontos, de 46,5 pontos em março.

O componente que mensura o estoque perdeu 11,1 pontos, de 49,7 para 38,6 pontos. Já o Sensor de Emprego caiu de forma menos intensa, de 49,4 pontos para 44,7 pontos.

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