O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quarta-feira, 22, em entrevista coletiva de imprensa sobre o 2º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, que ainda não é possível medir qual será o impacto anualizado na atividade econômica pela catástrofe no Rio Grande do Sul. Ele reconheceu que haverá efeitos negativos especialmente nos meses de maio e junho, mas destacou o direcionamento de recursos para a reconstrução do Estado, o que pode ter impactos positivos para a economia.
Também na entrevista, o secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, afirmou que, por enquanto, as medidas de apoio à calamidade no Rio Grande do Sul somam quase R$ 13 bilhões, mas admitiu que deve haver alterações nos próximos relatórios.
O documento divulgado nesta quarta-feira pelo Planejamento e pela Fazenda trouxe dados sobre a abertura de créditos extraordinários para atender o Rio Grande do Sul em meio às tragédias registradas no Estado.
Os recursos somam R$ 12,9 bilhões e estão distribuídos em 11 ministérios.
"Esses R$ 13 bilhões em créditos extra vão alavancar o conjunto de apoio de quase R$ 60 bilhões, o que é quase 10% do PIB do Rio Grande do Sul. Há estímulo muito importante para reconstrução de agro, indústria, famílias, serviços. Houve suspensão do pagamento da dívida, somando R$ 11 bilhões, R$ 3,5 bilhões anuais. Isso é maior que o investimento que o Estado realiza anualmente. Vai dobrar o investimento no Estado. Então tudo isso vai gerar estímulo importante de reconstrução", disse Ceron, considerando que, por isso, é difícil avaliar se o efeito ao longo do ano será negativo ou positivo.