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Ativistas presos após confusão em ato são levados para audiência de custódia

Após cerca de 14 horas detidos no 78° Distrito Policial (Jardins), no centro da capital paulista, por suspeita de agredir manifestantes contrários à Lei de Migração, quatro pessoas foram encaminhadas para audiência de custódia nesta quarta-feira, 3. Entre os presos está Hasan Zarif, dono do restaurante Al Janiah e integrante do movimento Palestina Para Tod@s, e um sírio.

O grupo, que havia sido preso em flagrante na Avenida Paulista, foi liberado da delegacia por volta das 11h20. Antes, outros dois estudantes, que também foram detidos, já haviam sido liberados. A audiência para decidir se os presos vão responder à acusação em liberdade vai ocorrer na tarde desta quarta no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da cidade.

Segundo boletim de ocorrência, os suspeitos vão responder por crimes de explosão, lesão corporal, associação criminosa e resistência.

O protesto contestava a Lei da Migração, já aprovada pelo Senado, que pode facilitar o acolhimento de mais imigrantes no País. Os manifestantes também exaltavam o trabalho da Polícia Militar e gritavam que “comunistas têm que morrer”. Além do conteúdo xenófobo, o grupo Direita São Paulo compartilha concepções machistas e homofóbicas e defende uma nova intervenção militar no País.

Em páginas de grupos pró e contra a lei nas redes sociais, representantes se acusam mutuamente pelo início do confronto. Os militantes de direita afirmam que foram alvos de um “atentado terrorista” porque uma bomba caseira teria sido lançada por um imigrante. Em vídeo registrado, eles afirmam que há prova de que um dos presos lançou o explosivo. Já os manifestantes contrários alegam que foram agredidos fisicamente e somente reagiram

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