O atleta olímpico Wilson David dos Santos cobra uma posição oficial da Prefeitura sobre a realização ou não da 45ª edição da Olimpíada Colegial Guarulhense (OCG), que corre sérios riscos de não acontecer pela primeira vez desde a sua primeira disputa em 1971. Em entrevista ao GuarulhosWeb, David também apontou os possíveis prejuízos com o cancelamento dos jogos deste ano.
De acordo com o esportista que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de 1984 em Los Angeles, caso a OCG seja cancelada, significará um desrespeito da administração municipal com os estudantes e profissionais de educação de Guarulhos, que se preparam para a realização do evento, previsto para meados de agosto.
"O maior prejudicado nessa história serão os alunos, profissionais envolvidos e entidades educacionais da rede pública e privada, que investem na formação e caráter de nossa juventude, através das práticas esportivas. Muitas dessas entidades contemplam com bolsas de estudo nas principais escolas particulares os alunos que se destacam nos jogos", declarou Wilson David.
Participante de uma entre as 44 edições já realizadas, quando defendeu no atletismo o colégio Dom Paulo Rolim Loureiro, além de representar o País nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (EUA), em 1984, Wilson teve a oportunidade de carregar a tocha olímpica por três vezes. Diante do atual cenário em que se encontra o esporte local, ele espera que o prefeito Sebastião Almeida (PT) possa criar alternativas para manter o calendário municipal esportivo disponibilizado para a disputa.
"A expectativa dos professores e profissionais e estudantes envolvidos na realização da OCG é que o prefeito cumpra com a palavra dele e que ele dê as condições necessárias em tempo hábil para que o maior evento esportivo da cidade aconteça", explicou.
Para que a OCG se realize, é necessário que – em caráter de urgência – seja liberada a quantia aproximada de R$ 450 mil, através do departamento de gestão e controle de finanças da municipalidade, recursos para o empenho em custos de operações logísticas e de infraestrutura do evento. David revelou que esportistas da cidade prometem se manifestar caso haja a negativa do chefe de Almeida.
"Os professores de educação física da rede pública e particular estão aguardando uma definição sobre o assunto para organizarem um ato de repúdio em frente ao Paço Municipal em protesto pela não realização da OCG, caso não seja confirmada neste ano", encerrou.