Após perder a decisão nos pênaltis para o Flamengo na terceira fase da Copa São Paulo de Futebol Junior, na tarde desta quarta-feira, integrantes da comissão técnica e atletas do Ibrachina depredaram placas à beira do gramado, atiraram objetos contra a torcida. Dentro do vestiário, destruíram diversos equipamentos. Nesta quinta-feira, o presidente do Flamengo, Caio Soler, se manifestou por meio de nota para denunciar a situação.
Fotos e vídeos distribuídos pela assessoria do Corvo guarulhense mostram jogadores do Ibrachina e integrantes da comissão técnica jogando garrafas e outros objetos contra a torcida. Também chutaram e destruíram uma placa de publicidade que divulgava Guarulhos como sede da Copinha. No entanto, sites e blogs da cidade, segundo o presidente do Flamengo, teriam divulgado outras imagens, fora do contexto, como se a torcida local tivesse promovido atos de vandalismo.
Com o resultado, o Corvo se classificou às oitavas de final.
Instantes depois, ao deixarem o gramado, teve início a confusão, provocada pelo time perdedor. O clima de provocação começou na noite anterior, quando quatro atletas da equipe do Ibrachina realizaram live em suas redes sociais menosprezando a condição econômica dos atletas do Flamengo. Chegaram a citar que “uma perna do atleta deles de 15 anos valia mais do que o elenco do Flamengo inteiro”.
Caio explicou que o fato gerou indignação e revolta dos torcedores mais apaixonados do Flamengo. Mas destacou: “importante destacar que durante toda a partida entre as equipes na cidade de Guarulhos não houve qualquer ato de violência por parte dos torcedores do Flamengo e Ibrachina dentro do campo de jogo”.
Após o final da partida, começaram os problemas. A comissão técnica, diretoria e atletas do Ibrachina partiram em ataque contra a equipe de arbitragem e policiamento. “Ao sair do campo, a comissão técnica do Ibrachina passou a destruir as placas de publicidade do evento com chutes e pontapés, o que por certo legitimou os atos de vandalismo dos atletas da sua equipe, os quais passaram a arremessar garrafas de água e outros objetos em direção a torcida do Flamengo”, apontou Caio Soler.
O presidente do Flamengo relata ainda que “nenhum objeto foi arremessado em direção ao campo pelos torcedores do Flamengo”. Ele citou que a diretoria do clube realizou uma ação preventiva junto às torcidas organizadas, diretoria, equipe de segurança e staff da Federação Paulista de Futebol, justamente para evitar problemas e causar problemas futuros para o Flamengo.
Além do embate na saída de campo, os atletas do Ibrachina quebraram um vitral protegido na parte externa por grades. Os estilhaços, segundo a assessoria do Flamengo, atingiram uma criança torcedora do Flamengo que passava no local, o que causou mais confusão com a reação de algumas pessoas. “O vestiário do Flamengo foi totalmente depredado. A ação da Polícia Militar foi imediata ao retirar os torcedores do local do incidente”, disse Caio.
O Flamengo busca identificar os torcedores envolvidos para as devidas sanções pertinentes. “Informamos que o Flamengo é contrário a qualquer ato de violência, tanto é que incentivamos as mais de 800 famílias de atletas de categoria de base a participarem ativamente das atividades do clube, inclusive nas partidas oficiais da equipe guarulhense”, explicou Caio na nota oficial.
Por fim, o Flamengo informa que vem fazendo história na Copinha ao chegar nas oitavas de final da competição com o apoio em massa dos torcedores que amam e defendem a história da equipe que representa a Cidade Guarulhos.
O GWeb encaminhou uma demanda à diretoria do Ibrachina. Assim que a equipe paulistana se manifestar, esta reportagem será atualizada.
Veja o vídeo:
CONFIRA ALGUMAS FOTOS DO VESTIÁRIO DESTRUÍDO