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Atlético de Madrid segura o Real em empate sem gols na Liga dos Campeões

Com o apoio incondicional de sua empolgada torcida, o Atlético de Madrid conteve o rival Real Madrid, que exibiu forte superioridade no primeiro tempo, e sustentou o empate sem gols até o apito final nesta terça-feira, no Estádio Vicente Calderón, no jogo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões. A volta está marcada para 22 de abril, no Santiago Bernabéu.

Para este confronto, o Atlético chegará com ligeira vantagem porque ficará com a vaga na semifinal se empatar por qualquer placar com gols, uma vez que não foi vazado em casa. Um novo 0 a 0 levará o duelo para a prorrogação e eventual cobrança de pênaltis.

Mas esta pequena vantagem quase foi detonada pelo Real no primeiro tempo. Depois de ser surpreendido pelo rival em quatro dos últimos cinco clássicos, o time de Carlo Ancelotti impôs pressão na etapa inicial e esteve perto de abrir o placar seguidas vezes. Não fosse o goleiro Jan Oblak, grande destaque do jogo, o Atlético poderia ter sido alvo de goleada antes mesmo do intervalo, dadas as oportunidades perdidas pelos visitantes.

O JOGO – Escaldado pelas últimas derrotas para o Atlético, o Real mudou sua postura em comparação aos jogos anteriores e tratou de impor intensidade em campo desde os primeiros segundos. A correria de Cristiano Ronaldo e companhia aliada à pressão da torcida atleticana tornaram o confronto ainda mais quente no início.

Num duelo acelerado, o Real Madrid só precisou de oito minutos para tornar o goleiro Jan Oblak, do Atlético, o destaque da partida. Foram três grandes defesas neste curto período. Carvajal, aos 2 minutos, Bale, aos 3, e Cristiano Ronaldo perderam boas chances para abrir o placar. Na melhor delas, o atacante galês acertou o rosto do goleiro ao desperdiçar a oportunidade cara a cara com Oblak.

O cartão de visita do Real deu o tom de todo o primeiro tempo. O Real chegava ao ataque com maior frequência e força. O Atlético fazia raras investidas no ataque, geralmente de forma desastradas, errando passes e disparando cruzamentos nas mãos de Casillas. Mandzukic só era acionado em lançamentos em profundidade, sem maior perigo.

Aos 30 minutos, o Real já ostentava posse de bola de quase 70%. E as chances se sucediam. Bale finalizou de longe e exigiu outra boa defesa de Oblak. Aos 38, foi a vez de Modric ameaçar, em chute da entrada da área, por cima do travessão.

Quatro minutos depois, Benzema perdeu duas chances seguidas, a melhor delas em contra-ataque. O chute fraco quase na pequena área foi bloqueado pela defesa. James Rodríguez insistiu e viu Oblak ser decisivo de novo. O brasileiro Miranda se virava como podia dentro da área para evitar o gol.

O Atlético só levou perigo de fato ao gol de Casillas na parte final da etapa, em dois lances de Griezmann. Na primeira, o francês girou sobre a marcação na área e finalizou, aos 37. O goleiro do Real fez a defesa. Aos 45, o mesmo atacante cabeceou para fora, após cruzamento do brasileiro Guilherme Siqueira.

A segunda etapa começou na mesma temperatura da primeira. Desta vez, com maior iniciativa dos anfitriões. Aos 3, Turán acertou forte cabeçada na área e quase abriu o placar. Dois minutos depois, a partida ganhou em rivalidade por conta de um choque de Sérgio Ramos com Mandzukic. O croata levou a pior e, com o rosto ensaguentado, reclamou de uma suposta cotovelada do rival.

O nível técnico do jogo, contudo, não acompanhava a elevação da temperatura em campo. As duas equipes perderam poder de fogo no ataque e faziam um duelo truncado no meio-campo. Na melhor oportunidade do Real, Benzema acionou Cristiano Ronaldo, que é bloqueado pela zaga aos 22. Foi um dos últimos lances do francês em campo. Na sequência foi substituído por Isco, na primeira troca do jogo, somente aos 30 minutos. O Atlético, em seguida, colocou Raúl García no lugar de Griezmann.

E contando também com a entrada de Fernando Torres, na vaga de Koke, o time da casa cresceu no ataque. Foram duas chances em sequência, aos 35 e 36. A pressão cresceu nos instantes finais e o Atlético criou outras duas boas oportunidades aos 44 e 45. O Real se salvou com intervenções de Casillas e Arbeloa, assegurando o 0 a 0 e mantendo o jejum de vitórias sobre o rival nesta temporada. Antes do apito final, o brasileiro Marcelo levou cartão amarelo que o tira da partida de volta, no Santiago Bernabéu.

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