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Atlético-MG derrota a Caldense por 2 a 1 e conquista o Campeonato Mineiro

Foi por pouco, mas quem manda no futebol de Minas Gerais ainda é um time da capital Belo Horizonte. O Atlético venceu a Caldense, de Poços de Caldas, por 2 a 1, no estádio Dilzon Melo, em Varginha, e é o campeão do Campeonato Mineiro. Com grande mérito para o técnico Levir Culpi, que colocou em campo no segundo tempo os dois autores dos gols, a equipe bateu o rival do interior que, invicta e por ter feito a melhor campanha na primeira fase da competição, precisava de dois empates nos jogos da final para ficar com o título. Conseguiu um, por 0 a 0, no último domingo, no estádio do Mineirão. Neste domingo, no entanto, prevaleceu a experiência.

Na primeira vez em seus 90 anos de história em que teve a chance de ser campeã mineira na disputa contra um time da capital, a Caldense demonstrou nervosismo no começo do jogo, cometendo grande número de faltas. Aos 17 minutos, Serginho segurou Luan durante escanteio cobrado da esquerda. Pênalti não marcado pelo árbitro.

A partir da metade da etapa inicial, no entanto, o time de Poços de Caldas conseguiu reduzir a ansiedade e passou a dominar a partida. Aos 28 minutos, Paulão por pouco não abriu o placar em cabeçada depois de bola levantada na área por Rafael. Aos 31, Thiago Azulão acertou a trave, em mais uma cabeçada.

Menos articulado, o Atlético tentava se organizar no meio de campo. Aos 39 minutos, Dátolo chutou de fora da área. A bola desviou em Serginho e saiu. Aos 43, novamente com Dátolo, o Atlético chegou pela esquerda. O jogador cruzou para a cabeçada de Luan no segundo poste. A bola raspou a trave e também foi para fora.

O Atlético voltou para o segundo tempo com duas alterações. Thiago Ribeiro e Giovanni Augusto para as saídas de Carlos e Leandro Donizete, respectivamente. A Caldense não mudou o time no intervalo e teve a primeira chance de gol logo no primeiro minuto. Em avanço pela meia direita, a bola sobrou para Zambi que, de frente para o gol, antes de tocar na bola, foi desarmado pela zaga. Em seguida, Giovanni Augusto recebeu sozinho e tocou por cima do goleiro da Caldense, mas para fora.

Aos 10 minutos, brilhou a estrela de Levir Culpi. Depois de lateral cobrado da direita, Lucas Pratto cabeceou e quando a bola já entrava, Thiago Ribeiro acabou de completar também de cabeça para as redes. Mas a vantagem durou apenas quatro minutos. Em falta cobrada por Rafael, Victor não segurou e Luiz Eduardo aproveitou o rebote, empatando a partida.

Por precisar de pelo menos mais um gol para ser campeão, o Atlético passou a pressionar. Aos 23 minutos, Luan tentou cabecear por cima do goleiro da Caldense, que conseguiu fazer a defesa. A boa zaga do time do interior, no entanto, anulava a maior parte das investidas do rival. A equipe de Poços de Caldas já não atacava mais.

Aos 31 minutos, Jô, que entrou em substituição a Douglas Santos, recebeu dentro da pequena área, virou e chutou para defesa de Rodrigo. Um minuto depois, novamente brilhou a estratégia de Levir Culpi. Jô, que há mais de um ano não marcava, aproveitou cruzamento de Luan e colocou o Atlético na frente novamente. Os jogadores da Caldense reclamaram muito com a arbitragem de um impedimento do centroavante na jogada.

Aos 42 minutos, a Caldense ainda conseguiu uma cabeçada com Plínio, à esquerda de Victor. O árbitro deu seis minutos de acréscimo, mas a noite era do Atlético.

O jogo aconteceu em Varginha, a 153 quilômetros de Poços de Caldas, porque o estádio da cidade, o Ronaldão, não comporta 10 mil pessoas, capacidade mínima exigida pelo regulamento do Campeonato Mineiro para as finais. A prefeitura tentou instalar arquibancadas modulares, mas a obra foi vetada pelo Corpo de Bombeiros. O estádio Dilzon Melo tem capacidade para 15.471 pessoas e teve quase toda a sua lotação.

O último time do interior a vencer a competição foi o Ipatinga, em 2005, contra o Cruzeiro. Com a vitória, o Atlético chega a 43 títulos no Campeonato Mineiro, contra 37 do rival Cruzeiro.

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