Amargar um rebaixamento é uma mancha na carreira de muitos jogadores. Mas, para Paulo Henrique, ocorreu o contrário. Mesmo caindo com o Juventude no Brasileirão, o lateral-direito se destacou no clube gaúcho e ganhou a chance de defender as cores do Atlético-MG. Apresentado nesta quinta-feira, chegou celebrando a "oportunidade da vida" e prometendo muito empenho para se destacar na nova casa.
"É a oportunidade da minha vida chegar a um clube da grandeza do Atlético", afirmou Paulo Henrique, de 26 anos, que assinou contrato por duas temporadas. "Podem ter certeza que vou me entregar ao máximo e encarar cada jogo como se fosse o último, com muita raça."
O jogador vem para a vaga de Guga, negociado com o Fluminense. Vai brigar pela vaga de titular com o veterano Mariano, a quem não poupa elogios. "É um grande atleta. São poucos dias de trabalho e ainda conversamos pouco, mas já conheço a história dele. Claro que chego para aprender com ele, mas, também, para dar o meu máximo e buscar meu espaço, sempre respeitando a história dele, que gigantesca."
Paulo Henrique terá sua primeira chance em um clube grande do País. Após passagem por Londrina, Iraty, Operário Ferroviário, União Beltrão, Metropolitano, Paraná e o Juventude, o lateral-direito tentará provar que não foi um dos destaques do Brasileirão por acaso. Além da velocidade para apoiar o ataque, ele ainda chamou a atenção pela facilidade em se livrar dos marcadores – foi um dos maiores dribladores da competição.
"(A velocidade) É uma das minhas principais características e sempre trabalhei para aperfeiçoar isso ao máximo", disse. "Acredito que se encaixa bem no esquema do professor (Eduardo Coudet) e esse foi um dos motivos da minha vinda, ele gosta de um time com muita intensidade e acho que tenho muito a agregar com essa velocidade e esse ataque ao espaço, essa chegada com força no fundo", previu.
Apesar da força ofensiva, ele garante ser bom marcador, fruto do início da carreira como volante. E espera contribuir com equilíbrio e força. "Gosto de chegar ao fundo, ser agressivo no ataque, mas sem nunca esquecer de marcar, que é a principal função de um lateral", afirmou. "Busco trabalhar muito o equilíbrio. Certos jogos exigem que você ataque mais e outros que você defenda mais. Claro que uma equipe do tamanho do Atlético sempre vai procurar propor jogo, mas o equilíbrio é a base de tudo."
Feliz com a oportunidade, o lateral não esconde a ansiedade por disputar sua primeira competição internacional."Estou realizando um sonho ao vestir uma camisa desse tamanho. Foi para isso que trabalhei a vida toda e jogar a Libertadores também é um sonho", celebrou. "Todo jogador quer disputar as melhores competições. O Atlético tem uma equipe de muita qualidade, uma história que faltam palavras para descrever, e é sempre candidato ao título de qualquer competição que disputa."