O Atlético-MG levantou neste sábado o seu 46º troféu do Campeonato Mineiro ao empatar com o América-MG por 0 a 0, no estádio do Mineirão. Maior campeão do torneio, o time alvinegro administrou bem a vantagem de ter tido a melhor campanha do estadual, o que lhe deu a chance de estar à frente na partida e conquistar o título mesmo terminando em uma igualdade, já que o primeiro jogo da final ficou empatado em 0 a 0.
O América chegou a pressionar logo no começo e perder um pênalti, que poderia ter sido decisivo, mas as poucas chances que teve não foram aproveitadas, acabando com o sonho do título do mineiro, que não conquista desde 2016.
Esse é o terceiro troféu estadual do técnico Cuca à frente do Atlético-MG. O treinador paranaense já havia sido bicampeão do Mineiro em 2012 e 2013, em sua primeira passagem pelo clube, que ficou marcada pela conquista da Libertadores.
Os visitantes, que precisavam vencer de qualquer jeito para soltar o grito de campeão, vieram nos primeiros minutos com forte marcação por pressão sobre os atleticanos. Em poucos minutos, o América chegou duas vezes ao gol de Everson, mas sem grandes sustos.
Aos poucos, o Atlético foi tomando conta do jogo e administrando o resultado que já daria o título aos anfitriões. Não demorou muito para a equipe comandada pelo técnico Cuca se apropriar da posse de bola, no campo de ataque, e fazer o goleiro Cavichioli começar a trabalhar mais.
Aos 17 minutos, a primeira grande chance foi com o zagueiro Igor Rabello, que, surpreendentemente, atuou como um centroavante, quase marcando um gol ao se esticar na bola depois de lançamento. Mas Cavichioli estava esperto e fez ótima defesa no lance de muito perigo para os donos da casa.
Em outra oportunidade perdida, com total controle da partida, o Atlético veio novamente, aos 34 minutos, com um passe na medida do atacante Hulk para o meia Nacho Fernández, que bateu de primeira na entrada da área, mas o goleiro do América, de novo, espalmou.
Dez minutos depois, o argentino seria protagonista de outro lance de perigo em um bonito chute de fora da área, que assustou pela força, mas a bola acabou subindo por cima do gol.
Nos primeiros minutos do segundo tempo, parecia que a sorte havia mudado de lado. O juiz marcou um pênalti a favor do América por causa de uma jogada de corpo de Igor Rabello em cima de Felipe Azevedo, tirando o adversário da jogada dentro da área.
Aos cinco minutos, o América tinha a chance de abrir o placar e começar a sonhar com o título mineiro, mas o atacante Rodolfo, artilheiro do Campeonato Mineiro com sete gols, foi com muita sede ao pote para a cobrança e a bola estampou o travessão.
O tom da partida, apesar do momento de tensão por causa do pênalti e da necessidade de vitória por parte do América, não mudou no restante do tempo: o Atlético-MG ainda era bem melhor. Bastante presente na partida, tanto na marcação quanto em oportunidades de gol, Igor Rabello teve a chance de deixar o seu mais uma vez, em um desvio de cabeça, que passou rente às traves.
Um América sem energia encontrava um Atlético confiante no campo de ataque. O empate por 0 a 0 não refletia a final movimentada no Mineirão. Teve até expulsão no banco de reservas, do atacante Lohan, nos acréscimos, por causa de reclamação intensa dos visitantes sobre um suposto pênalti de Rabello em Bauermman. O juiz optou por seguir o lance.
Apesar disso, o Atlético soube aproveitar a vantagem e, com o apito final, deu vazão a mais um título do Campeonato Mineiro, mantendo sua hegemonia no estado, com 46 títulos, à frente do Cruzeiro, com 39, e do América, com 16.